O projeto paralelo mais badalado da Nação Zumbi estreou ontem em São Paulo, no Sesc Pompéia. O Afrobombas, liderado por Jorge du Peixe, e formado por André Édipo (guitarra), Thiago Duar (baixo), Pernalonga (bateria), Dalua (percussão) e Guizado (trompete/eletrônicos), Ramon Lira (percussão), e Lula (vocais). A badalação por causa de Lula, como é conhecida Louise Taynã, 22 anos, única filha de Chico Science, a quem coube parte da polpuda indenização paga pela Fiat à família do cantor (falecido em 2007 em acidente de carro).
Aos nove anos, ainda vivendo com a mãe em Olinda, Lula ensaiou os primeiros passos na música cantando numa banda do chamado forró estilizado. Aos 17 anos confessava que queria estudar cinema. Mas seu destino estava traçado na maternidade. Hoje ela mora com Ramon Lira, músico do Nação Zumbi, também de 22 anos, e filho de Jorge du Peixe, o melhor amigo do pai de Lula. Os dois se conheceram quando mal sabiam falar, e só voltaram a se encontrar quando Lula foi morar em São Paulo.
Se Chico Science era um escriba compulsivo e deixou dezenas de cadernos com poemas e letras de música (estão com sua irmã Goreth), Louise Taynã herdou o DNA: também gosta de escrever.
Do sol e sal sou eu, o primeiro clipe da Afrobombas, liberado ontem para download, pode ser visto no Youtube. "Minha liberdade começa no mar e vai até o sol", os primeiros versos assinados por Lula, são cantadas por ela, em dueto com o sogro.
Jorge du Peixe faz parte de outro projeto paralelo do Nação Zumbi, o Los Sebosos Postizos (com Dengue, Lúcio Maia, e Pupillo). Do Afrobombas sabe-se muito pouco. Do repertório que o grupo criou apenas ontem se conheceu a supracitada Do sol e sal sou eu, uma música bem radiofônica, com uma levada de ciranda