Com um saldo positivo de muita diversidade musical e homenageando a banda Mundo Livre S/A, a 13ª edição do Festival Pré-AMP chegou ao fim neste domingo (24). Foram 184 bandas inscritas, 552 músicas ouvidas pela curadoria, dez bandas selecionadas e um vencedor: o grupo Saga HC. A segunda colocação ficou com o grupo Cara de Doido e a terceira com a banda Graúna. Ao todo foram cinco finalistas: Graúna, Shaba Rude, Saga HC, Projeto Carranca e Cara de Doido. A final aconteceu no último domingo (24), no palco montado no Paço Alfandega, área central do Recife e ainda contou com o show da Banda Marsa, vencedora do Pré-AMP 2015.
O Grupo Saga HC existe a quinze anos e é formada por Beto (Vocal), André (Guitarra), Kleber (Guitarra), Marcelo (Baixo), Paulinho (Bateria). Possui influência que varia do Punk Rock ao HC, misturando um som pesado e rápido. A banda é original de Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, e sempre obteve destaque na cena underground da região. “Ganhar esse prêmio foi uma sensação de outro mundo é uma grande satisfação para todos nós”, disse emocionado o vocalista Beto enquanto subia ao palco para receber a placa de primeiro colocado.
Como premiação o grupo vencedor recebeu a premiação de R$ 10.000 (dez mil reais) em equipamentos musicais a serem retirados na loja GIG, além da participação em dois shows: no Carnaval do Recife 2016 e no Palco Pop do Festival de Inverno de Garanhuns 2016; já o 2º e o 3º lugares terá a participação no Carnaval do Recife.
No palco, além das bandas premiadas a equipe do Pré-AMP homenageou o produtor cultural, empresário e músico, Jackson Rocha. O baixista é integrante do Cascabulho e tem tido nos últimos 10 anos uma participação efetiva na carreira de diversas bandas, além de ser um dos mais promissores produtores executivos de Pernambuco. No Pré-AMP Jackson vem acompanhando o festival desde as últimas edições. “Esse prêmio não é só meu ele é de toda a equipe”, agradeceu Jackson.
Segundo Magrão, fundador do Pré-AMP e produtor – executivo do Festival, o Pré-AMP é um festival que revela mais bandas dentro da cena musical pernambucana. “É um festival que já tem sua marca e estamos trabalhando para que ele se firme ainda mais e que tenha um reconhecimento ainda maior. Como todas as dificuldades deste ano o mais importante é que realizamos um Festival no em nível que foi realizando”, contou Magrão.
SOBRE AS BANDAS
Saga HC
Criada no ano 2000, a banda Saga HC surge com influência que varia do Punk Rock ao HC, misturando um som pesado e rápido, a banda sempre obteve destaque na cena underground da região. A banda e formada com Beto (Vocal), André (Guitarra), Kleber (Guitarra), Marcelo (Baixo), Paulinho (Bateria). A SAGA contém 2 CDs demos 1° Sociedade Falida – 2007 e 2° Como uma Bomba – 2009.
Cara de Doido
Conjunto musical formado em 2010, na cidade de Caruaru, Cara de Doido desenvolve um discurso inusitado acerca das referências tradicionais. A banda possui uma formação híbrida onde a zabumba, o tarol e os pratos, elementos presentes nas bandas cabaçais da região se unem ao pífano e ao contrabaixo.
A intenção é clara e direta: fazer todo e qualquer tipo de som que seja possível através do uso dos instrumentos citados. O forró é o carro chefe, o som é rápido e enérgico, repleto de sessões de improviso majoritariamente instrumentais.
Embora possamos classificá-la como uma banda de pífanos, as referências musicais vão além do universo cabaçal. É possível reconhecer a influência direta de artistas como Dominguinhos, Camarão, Bau dos 8 baixos, Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil e muitos outros.
Graúna
Criado em 2012, tendo como proposta principal a difusão do samba pernambucano, o Graúna homenageia, com seu nome, a ave negra, cujo canto está entre os mais belos das espécies brasileiras, imortalizada no baião de Luiz Gonzaga (Assum Preto) e na obra de João Pernambuco (Graúna).
Além das influências do samba feito nos anos 70 e 80 dos cenários carioca e paulista, o Graúna também traz a peculiaridade dos tradicionais grupos de samba do subúrbio recifense.