
Desde que voltou de São Paulo, há pouco mais de dois anos, que a figurinista pernambucana Joana Gatis, 37 anos, não parou de trabalhar. Os frutos do seu envolvimento com a produção cinematográfica local chamam a atenção em três filmes apresentados no Festival de Brasília. E não só como figurinista, diga-se, a profissão que abraçou em 2006 quando Cláudio Assis a convidou para compor a equipe de Baixio das bestas, o melhor filme do festival daquele ano.
Sete anos depois, Joana volta a Brasília como figurinista do curta Au revoir, de Milena Times, e do longa Amor, plástico e barulho, de Renata Pinheiro, e como modelo-vivo da personagem título da animação Deixem Diana em paz, de Júlio Cavani. "Eu passei cinco anos em São Paulo e voltei porque não queria ficar fazendo apenas figurino. Lá aprendi muita técnica, mas o Recife me faz criar", explica.
Natural de Caruaru, onde viveu até a adolescência, Joana se prepara para um duplo salto em sua carreira: em janeiro do ano que vem, vai dirigir e também atuar em seu primeiro curta, o faroeste Soledad. Roteiro aprovado no Edital do Funcultura Audiovisual, o curta terá locações no bairro do Janga, em Paulista, onde Joana mora atualmente com o filho Raul, de cinco anos, numa residência próxima à dos pais, o artista plástico Jairo Arcoverde e a ceramista Bete Gatis.
Leia a entrevista completa na edição deste domingo (22/09) no Caderno C, do Jornal do Commercio.
O repórter viajou a convite da organização do festival.