Quase 145 anos separam a publicação da primeira parte do livro Vinte mil léguas submarinas, do escritor francês Jules Verne, da montagem teatral do grupo italiano Potlach. A história do mistério da súbita aparição do terrível monstro submarino que, ao quebrar navios, é responsável por diversos naufrágios nos mares e oceanos do mundo todo é revisitada pela companhia de hoje a domingo no Recife, na Caixa Cultural.
O grupo desembarcou no Brasil pela primeira vez com a montagem em novembro do ano passado, quando passou por Salvador. De lá para cá, o capitão Nemo e o professor Aronnax ganharam os palcos, através da interpretação dos atores italianos, do Irã, da Itália, da Hungria e da Dinamarca.
A pegada fantástica existente no livro de 1869 se viu sair de cena e se transformar em “realismo” ao longo dos anos. A magia que fazia parte então do enredo é resgata pelo grupo Potlach através de recursos tecnológicos atuais: imagens são projetadas em duas finas telas posicionadas estrategicamente (uma na boca-de-cena e outra ao fundo do palco). O recurso dispensa outros elementos cenográficos. Com as imagens, os atores se vêem no fundo do mar, cercados por algas, medusas e peixes, ou então dentro de uma embarcação.
A apresentação de hoje é exclusiva e gratuita para estudantes de escolas públicas. Amanhã e sábado, a peça é às 19h30 e domingo, às 10h30.
Leia a matéria na íntegra na edição desta quinta-feira (3) do Caderno C, no Jornal do Commercio.