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Está marcado para esta quarta-feira (16), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife, o julgamento dos quatro homens acusados de matar o vereador e radialista Jota Cândido, há dez anos. Ele foi executado com vinte tiros na frente da rádio em que trabalhava, em Carpina, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. A sessão vai acontecer na 2º Vara do Tribunal do Júri.
O júri já foi adiado por diversas vezes, uma delas pelo suposto sumiço de registros telefônicos que apontariam outros envolvidos no crime. Os suspeitos Edilson Soares Rodrigues, Tairone César da Silva Pereira, André Luiz Carvalho e Jorge José da Silva foram presos alguns dias depois do crime, entretanto aguardam, até hoje, o julgamento em liberdade. Os réus respondem por homicídio consumado duplamente qualificado - motivo torpe e por agirem mediante surpresa o que impossibilitou a defesa da vítima.
A sessão tem início com o sorteio dos sete jurados que vão compor o Conselho de Sentença. Em seguida, haverá a leitura da denúncia pelo juiz que presidirá o júri popular. O próximo passo será a ouvida dos réus. Terminada a fase de ouvidas, têm início os debates entre Defesa e Acusação. Por fim, os jurados recolhem-se, em sala reservada, para responder aos questionamentos que definirão se os réus serão condenados ou absolvidos, e o magistrado retorna ao salão do júri para prolatar a sentença.
O CASO - Jota Cândido foi assassinado dentro do carro quando chegava para o trabalho na Rádio Alternativa, em 2005. Ele teria sido abordado por Tairone César, Edilson Soares e André Luiz que atiraram 20 vezes. O quarto acusado, Jorge José, teria emprestado a motocicleta utilizada para efetuar o homicídio. A vítima denunciava problemas administrativos da prefeitura de Carpina em seu programa e já teria escapado de outro atentado no mesmo ano.