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Exemplo para a captação de órgãos no País

Segundo Ministério da Saúde, Estado ocupa lugar de destaque nacional na coleta de todos os tipos de tecidos

Betânia Santana
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Betânia Santana
Publicado em 05/02/2013 às 6:26
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Segundo Ministério da Saúde, Estado ocupa lugar de destaque nacional na coleta de todos os tipos de tecidos - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Pernambuco ocupa posição de destaque no ranking de captação de órgãos no Brasil. O Estado, segundo dados recentemente divulgados pelo Ministério da Saúde, é o de maior diversidade de transplantes. Ou seja, aqui é o lugar onde os profissionais realizam procedimentos de todos os órgãos e tecidos. Em 2012, houve aumento de 55% no número de procedimentos em relação ao ano anterior. No total, 1.690 cirurgias foram realizadas. Dos 16 Estados que compõem as Regiões Norte e Nordeste, ficamos atrás, apenas, da Bahia (59%) e do Pará (56%) – em número de intervenções.

Em entrevista por telefone, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, avaliou o bom desempenho como consequência das políticas de incentivo adotadas pelo Ministério, desde 2011. “Através do repasse de investimentos para o Norte e o Nordeste, estimulamos a realização de transplantes e a capacitação das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), com o intuito de descentralizar esse tipo de atendimento, muito restrito ao Sudeste do País”, explica. Ano passado, o recurso investido pelo governo federal para os transplantes no Estado foi de R$ 43,4 milhões. Em 2011, foram R$ 35,3 milhões.

“O Brasil, em 2012, superou seu próprio recorde mundial por ser o país em que é mais fácil realizar transplante público e gratuito. E essa superação veio justamente do Norte e Nordeste”, avaliou Padilha. Apesar de ocupar o terceiro lugar no ranking regional, Pernambucano detém a peculiaridade de ser o único a realizar transplantes de diferentes órgãos. “No caso do rim, por exemplo, embora nossa maior captação seja local, Estados vizinhos enviam o órgão para cá por causa da nossa equipe técnica especializada”, afirma a gestora estadual da Central de Transplantes, Noemy Gomes.

Este ano, a meta – segundo Padilha – é estimular o crescimento dos transplantes de todos os órgãos. Para atingir a finalidade, o Ministério elaborou novos incentivos financeiros aos hospitais que realizam cirurgias na rede pública visando a estimular a realização de mais transplantes no SUS.

Com as novas regras, hospitais que fazem quatro ou mais tipos de transplantes passarão a receber incentivo de até 60% a mais do que o previsto inicialmente no orçamento. O recurso será de 50% do total do orçamento para os hospitais que fazem três tipos de transplantes, e naqueles onde são feitos um ou dois tipos de transplantes serão pagos 30% e 40% a mais, respectivamente, de incentivos sobre o valor orçamentário inicial.

Também está prevista para 2013 uma campanha de doação de órgãos e o investimento na humanização do atendimento das OPOs. “O esforço é para fazer com que os centros credenciados realizem mais transplantes”, almeja Padilha. Algumas instituições, entre elas o Instituto do Fígado de Pernambuco, estão na lista para receber o investimento federal.

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