Startup pernambucana apresenta soluções inovadoras para proteger corais e enfrentar crise climática durante a COP30
Biofábrica de Corais é pioneira na oferta de turismo regenerativo no Nordeste e emprega tecnologia própria para restaurar corais em extinção
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A startup Biofábrica de Corais (BFC) cumpre agenda extensa de palestras e participação em painéis durante a COP 30, que ocorre em Belém, no Pará. Focada na restauração de ecossistemas recifais e turismo regenerativo para a proteção dos oceanos, a empresa apresenta suas soluções tecnológicas para fortalecer a resiliência marinha diante das mudanças climáticas. Entre os cases, estão a aplicação de dispositivos impressos em 3D desenvolvidos pela empresa - método que têm contribuído para a sobrevivência dos corais no litoral nordestino, além do projeto de adoção de corais e a incorporação de ações de bioturismo que unem educação ambiental, ciência e sustentabilidade na preservação desse importante ecossistema, responsável por abrigar 25% de toda a vida oceânica.
O CEO da Biofábrica e engenheiro de pesca, Rudã Fernandes, compõe o painel Regenerar é Resistir: Corais na Linha de Frente da Crise Climática, que será realizado neste sábado (15) às 16h30, no espaço Casa Vozes do Oceano. Na ocasião, o cientista compartilha as tecnologias e métodos empregados pela startup nos litorais pernambucano e alagoano para restaurar os ecossistemas recifais. “Nós usamos uma tecnologia própria, um dispositivo biodegradável que a gente aplica em um pedacinho de coral que já está quase morto e cultivamos artificialmente em uma estrutura própria para que ele se recupere”, explica Rudã.
RECUPERAÇÃO DE CORAIS
As ações de recuperação dos corais são integradas a outros setores econômicos das comunidades do entorno, especialmente o chamado turismo regenerativo, uma modalidade que tem como proposta restaurar ecossistemas e criar um valor positivo para os territórios. “Na Biofábrica de Corais a gente defende que a atividade turística seja capaz de restaurar e devolver ao meio ambiente mais do que ela consome, e que também fortaleça as comunidades que dependem dos recifes de corais”, destaca Rudã.
A startup é signatária da Declaração de Glasgow para Ação Climática no Turismo, assinada em 2021 em Glasgow, na Escócia. O acordo, assinado por mais de 300 entidades, defende, entre outras ações, a adoção de padrões de consumo e produção sustentáveis, considerando não apenas o valor econômico, mas também a regeneração dos ecossistemas, biodiversidade e comunidades, de forma justa e inclusiva.