COP30 | Notícia

'Belém é esburacada, quente e pontilhada de esgoto', diz revista inglesa sobre sede da COP30

Revista britânica aponta desafios na capital do Pará, como poucos leitos de hotel e saneamento inadequado, para receber a cúpula da ONU em novembro

Por Estadão Conteúdo, Túlio Feitosa Publicado em 10/04/2025 às 23:49

Uma reportagem publicada pela revista britânica 'The Economist' acabou expondo alguns desafios significativos que Belém, capital do Pará, terá que enfrentar para sediar a COP30, em novembro deste ano.

"Belém é uma cidade esburacada na Amazônia brasileira, quente, pontilhada de esgoto a céu aberto e com poucos leitos de hotel", publicou a revista. A publicação também questionou a capacidade de Belém para acomodar os milhares de negociadores e participantes da cúpula do clima da ONU.

A cidade, com 1,3 milhão de habitantes, dispõe de apenas 18 mil leitos de hotel, o que levanta preocupações sobre onde hospedar os visitantes. Espera-se que outros 5 mil turistas se hospedem em navios de cruzeiro que ficarão ancorados em um porto próximo.

"Escolas públicas e quartéis militares estão sendo equipados com ar-condicionado e beliches para se tornarem 'albergues'. O que normalmente são 'motéis do amor' também será uma opção", complementou a 'The Economist'.


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Obras x Impacto ambiental

As obras de preparação para a COP30 também geraram críticas. A 'The Economist' relatou a derrubada de 13 km de floresta para a construção de uma rodovia, além de projetos de infraestrutura que envolvem a dragagem e o preenchimento de rios e canais com concreto.

Em entrevista à revista, Adler Silveira, secretário de infraestrutura do Pará, defendeu que as reformas trarão um legado positivo para a cidade.

Lula e Barbalho buscam soluções

A reportagem também abordou os esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Helder Barbalho para diversificar a economia da região, buscando alternativas à agricultura e à mineração.

Iniciativas como o desenvolvimento de um mercado de créditos de carbono, investimentos em energia limpa e a promoção da bioeconomia são apontadas como estratégias promissoras.

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