Sexo remoto: veja cuidados e riscos sobre a tendência que se popularizou durante a pandemia da covid-19
Especialista defende que exercer a sexualidade por meio virtual pode ser saudável em tempos de pandemia, desde que seja com alguém que já conheça e se tenha segurança

A pandemia da covid-19 chegou sem pedir licença e fez com que tivéssemos que reaprender a viver. Ações comuns como dar um abraço, apertar as mãos ou beijar o rosto como cumprimento tiveram que ser banidas do dia a dia, para evitar o contágio. E na sexualidade, não foi diferente. Além do "trabalho remoto", o sexo à distância também virou uma tendência possibilitada por plataformas tecnológicas - e que deve permanecer mesmo após suspensão das medidas protetivas.
A Doutora em Saúde Materno Infantil, mestra em Pediatria e especialista em Saúde Integral do Adolescente Betinha Fernandes conta ter percebido em seus atendimentos desde 2020 que muitos adolescentes e jovens adultos – dos 15 aos 24 anos – adotaram essa forma de contato sexual por meio da internet.
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“Muitos deles namoraram on-line. É algo muito comum hoje em dia, não só com eles, mas em qualquer idade. Então, eles procuraram se relacionar em aplicativos de relacionamento. Houve muito esse movimento, uma forma de tentar substituir o presencial, que não era possível. Porém, os casais que já existiam, se mantiveram firmes. Por outro lado, muitos terminaram por conta da distância”, esclareceu Betinha, que é também professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE).
Para ela, exercer a sexualidade por meio virtual pode ser saudável em tempos de pandemia, desde que seja com alguém que já conheça e se tenha segurança, e que, em um futuro próximo, o sexo remoto continuará fazendo parte dos relacionamentos, sejam eles duradouros ou não.
"A tecnologia ajuda muito no processo, com os celulares, possíveis robôs e novas perspectivas. No futuro, espero que se tenha respeito e seja consensual para maiores da idade, com afetividade. É possível que haja também uma mudança, não sei como será com robôs, mas se tiver, será de uma forma bem humanizada. O que continua sendo utilizado são os brinquedos sexuais e os bonecos infláveis, que também participam bastante da sexualidade”, falou a terapeuta.
Também é preciso diferenciar a necessidade humana de estar em contato com outras pessoas do ato sexual. “A sexualidade é uma energia positiva que qualquer ser humano tem e possui, que direciona para sensação de prazer e de realizações. É ela que faz a gente trabalhar, se encontrar com amigos e ser o que a gente é. Ela ajuda também em relacionamentos afetivos, que vão desde o crush até uma relação sexual”, explicou Betinha.
Dicas
O meio virtual proporciona muitos estilos diferentes de relacionamento, favorecendo a questão do “remoto” da pandemia. E vários artifícios podem ser usados:
- Sexting, que é sexo por mensagens de texto – falando conteúdos eróticos, os usuários da internet estabelecem uma conexão -
- Troca de nudes nas redes sociais – as fotos sensuais, sem peças de roupa – que requer um cuidado redobrado;
- Sexo sozinho, com o auxílio de apetrechos eróticos e vídeos pornográficos;
Cuidados
É preciso, entretanto, ter cuidado com o catfish, que é alguém que se passa por uma pessoa sem ser e também ficar atento ao enviar nudes, porque muita gente pode compartilhar. Por isso, é importante ter a educação sexual. A família também precisa de atenção com filhos e mais jovens. “É importante que os pais conversem e expliquem que muitas imagens e vídeos não são reais, que são coreografados. Estabelecer a idade para ver certos conteúdos também deve ser feito. É preciso ter cuidado também com os sites, já que contém vírus”, alertou.
Betinha também reforça a necessidade da educação digital, que é a explicação sobre os perigos da internet e a maneira correta de sua utilização: “conversar com pessoas estranhas é perigoso, assim como mandar nudes para elas, já que podem cair em mãos indevidas. A vítima pode cair até em uma rede de exploração ou de pedofilia. Então, é importante diálogo, orientação e não dar senhas ou endereços”, ressaltou.