Borussia Dortmund vence na visita ao PSG (1-0) e vai à final da Champions
Com um gol de cabeça do zagueiro Mats Hummels em um escanteio no início do segundo tempo (50'), o time comandado pelo técnico Edin Terzic frustrou mais uma vez o sonho parisiense

O Borussia Dortmund venceu o Paris Saint-Germain por 1 a 0 nesta terça-feira (7) no Parque dos Príncipes da capital francesa, pelo jogo de volta das semifinais da Liga dos Campeões (mesmo resultado da ida) e se classificou pela terceira vez em sua história para a final do maior torneio europeu de clubes.
Com um gol de cabeça do zagueiro Mats Hummels em um escanteio no início do segundo tempo (50'), o time comandado pelo técnico Edin Terzic frustrou mais uma vez o sonho parisiense e enfrentará na grande final, no dia 1º de junho, em Wembley, o vencedor do duelo entre Real Madrid e Bayern de Munique (que empataram em 2 a 2 no jogo de ida na Allianz Arena).
"Vamos comemorar, é ótimo ter conseguido a classificação para a final, mas queremos alcançar algo ainda maior e ainda há um longo caminho a percorrer", disse o jovem treinador alemão do Dortmund.
"Não importa o nosso adversário, será um jogo muito difícil, mas só falta um. E num jogo tudo é possível, nós mostramos isso", acrescentou.
PSG FORA DA DECISÃO
Já o PSG, por sua vez, com Kylian Mbappé que mais uma vez não foi decisivo, acorda do sonho da tríplice coroa e terá que se contentar em tentar vencer pela primeira vez a Liga dos Campeões na próxima temporada.
Presumivelmente, foi o último jogo do astro da seleção francesa na Liga dos Campeões com sua atual equipe.
"Em primeiro lugar, o sentimento é de tristeza, pois não pode ser de outra forma depois de não atingir o objetivo", reconheceu Luis Enrique.
Num Parque dos Príncipes em ebulição, com uma prévia homenagem da torcida ao ex-jogador argentino do PSG Javier Pastore e dois mosaicos com a imagem do troféu e do elenco parisiense rodeado de louros da vitória, os jogadores de Luis Enrique não estiveram à altura do palco e mostraram mais vontade do que acerto.
Com Bradley Barcola fora do time titular e a escalação de um atacante clássico, o português Gonçalo Ramos, que deslocou Kylian Mbappé para o lado esquerdo, o PSG teve a posse de bola, mas as melhores chances foram alemãs, como em um chute de primeira do zagueiro norueguês Julian Ryerson em que a bola foi para a rede pelo lado de fora (19'), e um contra-ataque protagonizado por Karim Adeyemi, que avançou em velocidade mas seu disparo foi defendido pelo goleiro italiano Gianluigi Donnaruma (35').
Os chutes de longa distância de Vitinha (27' e 42') e Fabián Ruiz (45') iam para fora, eram desviados pela defesa alemã ou não criaram problemas para o goleiro Gregor Kobel.
Enquanto isso, Mbappé, generoso talvez além da conta, se mostrava mais perigoso no passe do que nos chutes. Dos seus pés saiu a jogada que terminou com um disparo de Dembelé para fora, após meia hora de jogo.
Os donos da casa tinham 45 minutos para marcar dois gols, mas apesar de voltarem do vestiário mais acelerados - com um chute na trave de Warren Zaïre-Emery - logo receberam um balde de água fria.
Hummels, livre na segunda trave, desviou de cabeça para a rede uma cobrança de escanteio de Julian Brandt.
O lateral português Nuno Mendes também mandou a bola na trave (61'), assim como já havia acontecido no primeiro jogo, no Signal Iduna Park, em tentativas de Mbappé e Marquinhos.
O PSG, desesperado em busca do gol, multiplicou as oportunidades, com um chute no travessão de Mbappé, do meio da área (86').
FINAL COM MURALHA ALEMÃ
Mas a muralha amarela alemã se mostrou sólida demais para o time francês, que não teve sorte e que mais uma vez sofre uma frustrante eliminação na Liga dos Campeões, competição que ainda não conquistou em sua história.
O Borussia Dortmund que está apenas em quinto lugar na Bundesliga, aguarda o vencedor do duelo entre Real Madrid e Bayern de Munique.
O Dortmund volta à final da Liga dos Campeões pela primeira vez desde 2013, quando, num jogo também disputado em Wembley, a equipe então comandada por Jurgen Klopp perdeu para o Bayern. Hummels jogou esse jogo e, onze anos depois, se tornou o herói do time em Paris.