SANTA CRUZ: Justiça decide a favor do Conselho Deliberativo e reprova contas de Antônio Luiz Neto; saiba as consequências
ALN pode se tornar inelegível pelos próximos dez anos no Santa Cruz

O desembargador Sílvio Neves Batista Filho, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, decidiu que as decisões tomadas na última reunião do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, em 28 de agosto de 2023, serão mantidas.
Na reunião, o balanço financeiro de 2022 do clube foi reprovado de forma unânime. O desembargador também rejeitou a aceitação de 300 novos conselheiros, uma das demandas do presidente Antônio Luiz Neto.
Com a decisão do desembargador, o presidente do Santa Cruz pode ser destituído de seu cargo e tornar-se inelegível pelos próximos dez anos.
"Incomoda a todos que acompanham de perto o futebol local ver o tradicional time pernambucano, que outrora trouxe tantas alegrias à sua fidelíssima e apaixonada torcida, afundar-se em brigas que nada contribuem para o soerguimento do clube", disse Sílvio Neves em seu parecer.
O desembargador também expressou sua preocupação com a atual situação do clube, que enfrenta problemas políticos, uma crise financeira e a ausência de um calendário nacional para 2024.
"Nessa ordem de ideias, não considero ter havido descumprimento da decisão judicial por mim proferida, na medida em que nenhum ato foi praticado pelo Interventor no que se refere à eleição e posse dos 300 (trezentos) Conselheiros à falta de elementos que evidenciem o descumprimento da decisão interlocutória recursal", complementou.
ENTENDA O CASO:
Em reunião realizada no Arruda, em 28 de agosto, o Conselho Deliberativo do Santa Cruz rejeitou de maneira unânime o balanço financeiro referente ao ano de 2022. Paralelamente, embora a projeção orçamentária para o ano de 2023 estivesse programada para avaliação, ela não foi apresentada.
Conforme estipulado pelo artigo 41 do estatuto do Santa Cruz, o presidente Antônio Luiz Neto pode ser afastado do cargo e também ser inelegível pelos próximos 10 anos, devido à reprovação das contas durante sua gestão.
Tanto o conselho fiscal quanto a comissão de finanças emitiram um parecer desfavorável em relação ao balanço, posição que também foi apoiada pelo até então presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu.