
Por Marcelo Pereira
A vitória heroica do Afogados no estádio Vianão, por 6x5 nos pênaltis, após empate em 2x2 no tempo normal, foi vista como um novo vexame pela cúpula do Atlético-MG. Enquanto os torcedores da Coruja sertaneja faziam Carnaval, com direito a trio elétrico pelas ruas de Afogados da Ingazeira pelo feito inédito de avançar à terceira fase da Copa do Brasil, além de embolsar mais R$ 1,5 milhão pela classificação, o contestado presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, pressionado pela torcida alvinegra, tomava a decisão de demitir o técnico venezuelano Rafael Dudamel e mais dois diretores de futebol. O anúncio foi feito logo após a partida, em uma nota de apenas três frases.
"A partir desta sexta-feira (28), Rui Costa (diretor de futebol), Marques Batista de Abreu (gerente de futebol), Rafael Dudamel e sua comissão técnica não fazem mais parte do Clube. Para o jogo de domingo, em Varginha, contra o Boa Esporte, o time será comandado por James Freitas e Lucas Gonçalves, ambos da comissão técnica fixa. O grupo se reapresenta nesta sexta-feira à tarde e já fica concentrado", diz o texto da nota.
Com Dudamel vão-se também o auxiliar técnico Marcos Mathias, o preparador físico Joseph Cañas, o analista de desempenho Rodrigo Piñon e o coach motivacional Jeremias Álvarez, que o treinador trouxe da Venezuela.
Rui Costa (diretor de futebol), Marques Batista de Abreu (gerente de futebol), Rafael Dudamel e sua comissão técnica não fazem mais parte do Clube.
— Atlético (@Atletico) February 27, 2020
Para o jogo deste domingo, em Varginha, contra o Boa Esporte, o time será comandado por James Freitas e Lucas Gonçalves, ambos da comissão técnica fixa.
O grupo se reapresenta nesta sexta-feira à tarde e já fica concentrado.
— Atlético (@Atletico) February 27, 2020
PASSAGEM RELÂMPAGO
Ex-goleiro e ex-técnico da seleção da Venezuela, Dudamel foi anunciado para comandar o Atlético-MG em 4 de janeiro deste ano, para um projeto de longo prazo, a fim de implantar uma filosofia de jogo que valorizasse o ataque, mas com um forte equilíbrio na marcação. Dirigiu o time em apenas 10 partidas. Foram quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas. Fez 13 gols e e sofreu 8.
Com um aproveitamento de 53,3%, pesou na sua demissão as duas eliminações sofridas pelo Galo - a primeira, pela Copa Sul-Americana para o Unión Sabta Fe, da Argentina, que ganhou o primeiro jogo em casa por 3x0 e mesmo perdendo em Belo Horizonte por 2x0 para o Atlético Mineiro, avançou pelo saldo de gols; a segunda, na Copa do Brasil, para o Afogados, nos pênaltis, nesta Quarta-feira de Cinzas.
LEIA MAIS
>> Carnaval continua: trio elétrico faz a festa após classificação do Afogados
>> Medalhista olímpica, Yane Marques se diz orgulhosa com classificação do Afogados
>> Ouça os gols da classificação do Afogados contra o Atlético-MG na Copa do Brasil
>> Nos pênaltis, Afogados vence Atlético-MG e avança na Copa do Brasil