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O pai, o filho e o mesmo talento com a bola nos pés

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 13/08/2017 às 6:33
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O futebol também é coisa de pai e filho, mas a quantidade de talentos que foram repassados pelo código genético não é tão grande. Ainda assim, temos bons exemplos, no Brasil e no mundo de gente que herdou um par de chuteiras do progenitor e fez bonito pelos campos. Neste Dia dos Pais, trazemos alguns exemplos.

Domingos e Ademir da Guia

Poucos podem bater no peito e dizer que foram ídolos das duas maiores torcidas do Brasil. O primeiro deles, sem dúvida, foi Domingos da Guia. Como se fosse pouco repetiu a dose na Argentina pelo Boca Juniores e no Nacional do Uruguai. Zagueiro de técnica apuradíssima ao ponto de fazer dos dribles nos atacantes dentro da área algo corriqueiro, é considerado por muitos o melhor da posição em toda história do futebol brasileiro. Por tudo isso ficou conhecido como Divino Mesre e brilhou no primeiro grande momento da seleção brasileira na Copa do Mundo com o terceiro lugar em 1938. E ainda soube transferir o talento para seu filho, Ademir. Que com a mesma simplicidade, flutuava no meio de campo do Palmeiras entre 1962 e 1977. Ademir envergou a camisa 10 da fase mais vitoriosa dos palestrinos, onde entrou em campo 901 vezes e marcou 153 gols. Diferente do pai, pouco apareceu na seleção. Fez apenas 14 jogos. Reserva de Rivellino na Copa de 1974 foi titular apenas na disputa do terceiro lugar quando o Brasil perdeu para a Polônia.

Djalma Dias e Djalminha

Mais um grande zagueiro que deu ao mundo um grande meio-campista. Djalma Dias começou sua carreira no América, quando o time vermelho do Rio de Janeiro ainda respirava seus melhores ares. Ele estava no elenco americano que venceu o Estadual pela última vez em 1960. De lá saiu para o Palmeiras, onde jogou por dez anos e conquistou a Taça Brasil de 1967. Ainda passaria por Atlético Mineiro, Santos e Botafogo, onde encerrou a carreira em 1977. Disputou as eliminatórias da Copa de 1970 mas acabou preterido na convocação final. Já seu filho, Djalminha, foi formado pelo Flamengo, onde conquistou o Brasileiro de 1992. Meia que combinava habilidade e criatividade, também foi destaque no Guarani e no célebre time do Palmeiras de 1995, campeão paulista com 102 gols. Também fez história no La Coruña (ESP), campeão da temporada 1999/2000. Era cotado para a Copa de 2002 mas uma agressão ao técnico do La Coruña com uma cabeçada acabou com as chances. Encerrou a carreira em 2004 aos 34 anos.

Mazinho, Thiago e Rafael

Mazinho nasceu para o futebol como lateral-direito, mas apenas uma faixa do campo era pouco para sua incrível leitura de jogo. Saiu do Santa Cruz, da Paraíba, para o Vasco, onde profissionalizou-se junto com Romário e atuou entre 1985 e 1990, com direito a dois títulos estaduais e um Brasileiro. Em 1990, ano em que disputou sua primeira Copa, já estava na Itália, onde atuou por Lecce e Fiorentina. Voltou ao Brasil já como volante para vestir a camisa do Palmeiras, com nova dobradinha de estadual e brasileiro. Em 994 substituiu Raí durante a Copa do Mundo vencida pelo Brasil. Após o Mundial jogou por seis anos na Espanha, onde foi ídolo no Celta de Vigo. Neste clube só não atuou como goleiro e atacante. Também vestiu as camisas de Valencia e Alavés.

Seus filhos seguiram o mesmo destino. O mais velho, Thiago, embora seja filho de pai brasileiro e mãe italiana, optou pela cidadania espanhola por ter sido criado lá e defendido a seleção daquele país desde o sub-16 no mesmo meio de campo que seu genitor. Na hora de escolher a categoria adulto ficou mesmo com a Esapnha. Chegou jogar pelo Flamengo na infância mas a partir da adolescência vestiu a camisa do Barcelona, onde se profissionalizou em 2009. Desde 2013 é jogador do Bayern de Munique.

Rafael, o caçula, também fez toda base na Espanha. Joga no Barcelona desde a categoria sub-16. É meio-campista como o pai e o irmão mais velho, com a diferença de jogar com a canhota. Na hora de escolher o país para defender, optou pelo Brasil. Sua primeira competição foi o Sul-Americano sub-20 em 2013. Em 2015 estrou pela seleção principal e no ano passado ajudou o País a conquistar a inédita medalha de ouro no futebol.

Pablo e Diego Forlán

O mesmo talento do pai passou para o filho, apenas as funções no campo eram diferentes. Pablo era lateral-direito, que brilhou no Peñarol entre 1963 e 1970. No time amarelo e preto venceu a Libertadores e o Mundial de Clubes em 1966. No Brasil veio defender o São Paulo entre 1970 e 1975, com direito a três campeonatos paulistas no currículo. Após encerrar a carreira, em 1983 trabalhou como técnico na base do São Paulo. O filho Diego também deu os primeiros passos no Peñarol, mas profissionalizou-se no Independiente, da Argentina. Foi o primeiro jogador uruguaio a defender o Manchster United, entre 2002 e 2004, sendo campeão da Premier League em 2002/03. O auge de sua carreira foi Atlético de Madrid, onde ganhou a Liga Europa 2009/10. Isso culminou com grandes atuações na Copa do Mundo da África do Sul em 2010. Diego Forlán marcou cinco gols e, além de ajudar o Uruguai a ficar em quarto lugar, ganhou o prêmio de melhor jogador do torneio.

Juan Ramon Verón e Juan Sebástian Verón

O DNA rendeu ao futebol argentino dois grandes meio-campistas, mais precisamente ao Estudiantes de La Plata. A década de 1960 teve Juan Ramón Verón comandante o time platino, com direito a um tricampeonato da Libertadores entre 1968 e 1970. Por incrível que pareça, todo esse talento pouco foi aproveitado na seleção nacional. Bem diferente fez seu filho, Juan Sebástian, que defendeu a seleção portenha nas copas de 1998 e 2002. Verón é conhecido da torcida do Cruzeiro por comandar o time do Estudiantes que calou o Mineirão na final da Libertadores de 2009. Também foi campeão no Parma, Lazio, Internazionale e Manchester United. Hoje é presidente do Estudiantes.

Cesare e Paolo Maldini

O sobrenome Maldini é tão gigante no já gigante Milan que a camisa 3 da equipe principal só pode ser utilizada por quem pertencer a essa linhagem. E detalhe: todos são defensores. O primeiro foi Cesare, que atuou nos anos 1960 e conquistou quatro campeonatos italianos e a primeira Liga dos Campeões dos rossoneros. Entre 1984 e 2009 foi a vez de seu filho, Paolo, seguir a lenda. Com ele, o Milan venceu mais cinco Champions League, três mundiais e outros sete nacionais entre outros títulos. Lateral-esquerdo nos primeiros anos e depois zagueiro, Paolo só não teve a mesma sorte com a seleção italiana. A camisa 3 está aposentada até seu filho, Christian, que tambpem é zagueiro, começar a jogar no time principal (hoje é sub-19).

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