
Por Felipe Farias, da editoria de Esportes do Jornal do Commercio
O futebol uruguaio pode até não ser um dos mais vistosos do mundo, mas, sem dúvidas, é um dos mais aguerridos e vibrantes. A mítica “garra uruguaia” não é à toa. A motivação e a entrega dos jogadores dentro de campo vem da força que das arquibancadas. Tanto que, para o lateral esquerdo do Náutico, Gastón Filgueira, quando se trata de seleção, ‘os torcedores uruguaios são mais apaixonados que os brasileiros’.
“A cultura uruguaia é muito forte no que diz respeito a torcer pela seleção. Até quem nem entende de futebol, torce pela seleção do Uruguai, pois é uma tradição muito forte. Temos um sentimento grande de união”, contou o lateral.
Como bom torcedor da Celeste Olímpica, Gastón já confirmou presença hoje à noite na Arena Pernambuco. Além disso, a confiança em uma vitória do Uruguai sobre o Brasil é tanta que o defensor alvirrubro já fez quatro apostas com os companheiros de clube.
“Eu já apostei café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Tenho quatro apostas feitas. Se eu perder, vai ser complicado”, falou aos risos o uruguaio. “Apostei com Gastón, se o Uruguai perder ele vai me pagar o jantar. Vou ao jogo amanhã (hoje) e espero que o Brasil vença para seguir bem nas Eliminatórias, mas pra que eu possa jantar de graça”, brincou o goleiro Júlio César.
Para garantir o sucesso do “investimento”, Gastón confessou que vai pedir ajuda aos amigos. “Vou dar um pulo no hotel da seleção do Uruguai, colocar aquela pressão nos jogadores, porque a gente não pode perder de jeito nenhum. Se ganharmos de meio a zero está bom demais. Tomara que seja de Suárez”, completou.
Por falar em Luis Suárez, Gastón não escondeu a admiração que tem pelo atacante do Barcelona, e comemorou o retorno do jogador à seleção, depois de ficar suspenso por quase dois anos por morder o zagueiro italiano Chiellini na Copa do Mundo de 2014.
“Suárez está voltando em um jogo desse contra o Brasil, aqui na Arena Pernambuco... Pra mim, está voltando o melhor centroavante do mundo. Muita expectativa por parte do torcedor para vê-lo novamente com a seleção uruguaia.”
Gastón Filgueira chegou a ser convocado para a seleção uruguaia duas vezes, em 2006, ainda no início do trabalho do técnico Óscar Tabárez à frente da Celeste Olímpica. De lá pra cá, o lateral não foi mais lembrado pelo comandante uruguaio. Mesmo assim, a sua passagem pela seleção firmou uma amizade com os atletas de sua geração.
“Eu conheço todos os jogadores. Joguei com muitos deles: Victorino, Coates, Fucile, Lodeiro. Por isso que fico na torcida, porque tenho um sentimento por eles”, revelou.
LEIA MAIS:
> Dal Pozzo troca banco pela arquibancada no jogo do Brasil