Do UOL
O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou, nesta quarta-feira, Elton Grais, de 28 anos, que admitiu ter incendiado a casa em que morava a torcedora do Grêmio, Patrícia Moreira. A jovem de 23 anos ficou conhecida ao ser flagrada chamando o goleiro Aranha de 'macaco' no duelo entre Grêmio e Santos no dia 28 de agosto, pela Copa do Brasil.
Vizinho da torcedora, Grais cometeu o crime no dia 12 de setembro e confessou à polícia que foi motivado pelas ações racistas em que Patrícia foi flagrada. A polícia chegou a prendê-lo preventivamente.
O processo será encaminhado a 1ª Vara Criminal de Porto Alegre. Mesmo que a tentativa tenha sido de incendiar a casa da jovem, pouco efeito teve, já que ela deixou a residência logo que o caso ocorreu, mudou-se de Porto Alegre. A residência está, inclusive, para alugar.
Na terça-feira, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o inquérito e indiciou quatro torcedores do Grêmio no caso de injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos. Patrícia Moreira, Fernando Ascal, Éder Braga e Rodrigo Rychter responderão pelos atos.
No entanto, os policiais seguem a busca para identificar outros torcedores presentes nas arquibancadas da Arena do Grêmio no duelo das oitavas de final da Copa do Brasil que tenham cometido ações deste tipo.
Enquanto isso, o clube foi excluído da Copa do Brasil em julgamento no STJD de primeira instância. Recorreu ao Pleno e viu mudar a sentença. Em vez de ser retirado do torneio, o Grêmio teve três pontos retirados, e como perdeu o jogo por 2 a 0, não tinha condições de reverter o quadro e foi eliminado da competição.
