Do site Trivela
Hoje, quase todo mundo é contra a ditadura. Mas, nos anos mais pesados do regime militar, pouquíssimas pessoas se levantaram contra ele. No futebol não foi diferente. Foram 21 anos de regime militar. A população brasileira passou mais de duas décadas permeada pela supressão dos direitos, pela censura, pela repressão – obviamente, em intensidades nem sempre constantes. No entanto, não foi ao longo dos 21 anos que o futebol, um dos principais símbolos culturais do Brasil, levantou sua voz contra a ditadura. Os exemplos são raros, passíveis de se contar nos dedos. E, mesmo assim, a maioria delas saindo da garganta de indivíduos, jogadores.
Na maior parte do tempo, os clubes se mantiveram alheios ao regime que imperava no país. Não interessava muito para eles misturar futebol e discussão política. Mas isso até a segunda página, claro. Afinal, a organização dos clubes sempre esteve inserida em jogos de interesse, trocas de favores, clientelismos e dependência financeira. Principalmente em tempos de autoritarismo, quando a liberdade para a tomada de decisões era mínima.
Ainda assim, não dá para ser categórico ao classificar a postura de um time durante a ditadura militar. O Corinthians teve sua Democracia, mas também um presidente ligado à repressão – Wadih Helu, que colaborou com o golpe de 1964 e que, ao lado de José Maria Marin, pediu investigações contra os subversivos jornalistas da TV Cultura. A escalada de investigações acabou terminando na prisão e, depois, na tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog – justamente da TV Cultura.
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