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Raul, o maestro humilde do Santa Cruz

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 21/07/2013 às 11:06

Do Jornal do Commercio

O meia Raul costuma dizer nas entrevistas que sabe da sua importância para o Santa Cruz. Consciente, mas sempre ressaltando que é uma peça na engrenagem do tricolor. Afinal, não se considera o maestro do time e muito menos maior que os companheiros. Ao contrário, nos dois gols que marcou na vitória por 2x1 sobre o Fortaleza, sábado, dia 13, quando o time quebrou um tabu sem vencer os cearenses desde 2007, a comemoração foi com todos os colegas de equipe. Uma demonstração de unidade do grupo coral.


Hoje à tarde, diante do Águia, no Zinho Oliveira, em Marabá-PA, pela quinta rodada da Série C do Brasileiro, Raul sabe da pressão para o time vencer o seu primeiro jogo fora de cada na competição. Afinal, são 16 jogos sem vitórias na competição. Foram nove derrotas e sete empates. Mesmo assim, o meia não se deixa levar pela pressão.


"Com o Fortaleza foi a mesma situação. Todo mundo falava do tabu sem vencer. Agora, todos falam do fato de o Santa Cruz nunca ter vencido fora de casa na Série C. Acho que temos que jogar com tranquilidade, mas com muita disposição. Tem sido assim em todos os jogos e não pode ser diferente diante do Águia", ressaltou o meia.


O Santa Cruz, na verdade, está embalado por duas vitórias sem casa, contra o Cuiabá e o Fortaleza. O time ocupa a quarta colocação do G4 com nove pontos, enquanto o Águia vem atrás, na sexta posição com sete. Portanto, um confronto direto logo mais à tarde. Com a sua experiência, Raul lembrou que é necessário, não só o time ter aplicação, mas também jogar. "Não podemos nos afobar. Nada de querer definir a partida de todo jeito. Nós temos uma maneira e atuar, sempre aplicado, no toque de bola e sabendo explorar os erros dos adversários. Em casa, o Águia vai se atirar no ataque e vamos explorar esses espaços."


Um fator considerado importante é o tamanho do campo do Zinho Oliveira. O estádio, por sinal, está sendo reaberto depois de dois meses de reforma e também a colocação de um novo gramado.


"Sabemos que é um campo menor do que o Arruda. Além disso, tinha um gramado muito ruim e as informações é de que foi colocado um novo. Esperamos que seja melhor. Mas no campo menor é preciso usar bem as bolas cruzadas, as faltas e os escanteios. Mas não basta só isso para a gente conseguir superar o Águia. Temos de nos impor dentro de campo", avisou o meia.


Aos 31 anos, vai completar 32 no dia 26 deste mês, Raul Victor da Silva Cajazeiras, lembrou: "O Santa Cruz é hoje um time que não abdica da garra."

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