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RIO DE JANEIRO - Como é bom ver o torcedor brasileiro se emocionando ao cantar o Hino Nacional. Como é bom ver a torcida se emocionando a cada gol marcado. O Maracanã não foi apenas palco da final da Copa das Confederações 2013, entre Brasil e Espanha. Foi também palco de um reencontro. O Brasil estava longe do Brasil. E nesta Copa, ficou provado que o torcedor estava com saudades. Foi bonita a festa em Brasília, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte. No Rio, um show. Dentro de campo e nas arquibancadas. Brasil venceu a Espanha por 3x0 e conquistou um título que muitos desconfiavam. E melhor: sentiu de perto o calor do povo brasileiro. Agora, os jogadores da seleção sabem que terão apoio irrestrito durante todos os jogos do Mundial 2014. Reforço melhor impossível.
E vamos ao jogo...
O cronômetro marcava pouco mais de um minuto. A bola foi cruzada na áerea e Fred perdeu equilíbrio e caiu. Não havia mais como fazer o gol? Para o atacante do Fluminense, sim. Fred não desistiu. No chão, conseguiu chutar e surpreender Casillas. Bola na rede. Gol do Brasil. O Maracanã explodiu em alegria. O lance resumiu o que foi a seleção de Felipão nesta Copa das Confederações: uma equipe briosa, lutadora, determinada. A partir daquele momento, o Brasil mostrava que não estaria para brincadeira. A seleção jogou com a torcida e a torcida jogou com a seleção. A poderosa Espanha sentia naquele primeiro minuto que estava encurralada. E a conquista brasileira era apenas questão de tempo.
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Como é bom também ver o contato dos jogadores da seleção com o torcedor brasileiro. Fred comemorou o gol junto a torcida. Mergulhou no mar de alegria que se transformou o Maracanã. Os jogadores também foram junto. Uma alegria que contagiou a seleção. Todos sabiam que o jogo não seria fácil, mesmo com a vantagem construída logo no primeiro minuto. A Espanha estava atordoada, não esperava um volume de jogo tão grande do Brasil no primeiro tempo. Não se viu aquele toque de bola característico. Os espanhóis estiveram perdidos em boa parte do primeiro tempo.
Somente aos 18 minutos, a Espanha deu sinal de vida. Iniesta chutou e Júlio César defendeu. Depois do lance até a Fúria passou a tocar mais a bola no ataque. Chegou até a oferecer perigo ao sistema defensivo brasileiro. Aos 40 minutos, Pedro foi lançado na área, que toca na saída de Júlio César. David Luiz veio na cobertura e evitou o que seria o primeiro gol.
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E, na verdade, o lance pareceu mesmo um gol. Mas do Brasil. A torcida fez a festa. A seleção incendiou novamente dentro do gramado. Aos 44, Oscar que estava apagado no jogo, recebeu a bola e esperou o momento certo para tocar para Neymar, que fuzilou Casillas. Ótima vantagem para fechar o primeiro tempo.
Mas o Brasil queria mais. E logo aos dois minutos do segundo tempo fez mais um. Kulk passou, Neymar fez o corta-luz e Fred tirou de Cassilas, mandando no cantinho esquerdo do goleiro espanhol. 3x0 no placar. Uma vantagem que nem o mais otimista dos brasileiros apostaria. Naquele momento, a seleção faria a torcida gritar "olé, Olé" a cada toque na bola. E a tão poderosa Espanha perdida, perdida em campo.
Os espanhóis ainda tiveram uma chance de diminuir. Poderia ser o fio de esperança de uma história virada? Dificilmente. E Sérgio Ramos, como se já soubesse que seria impossível, bateu mal de mais e mandou a bola para fora. A pá de cal. o Brasil brincou no jogo. Poderia fazer mais gols se não fosse tão displicente na hora do passe final. Mesmo assim, num rápido contra-ataque, Neymar passou por Piqué e foi derrubado. O zagueiro da Espanha foi expulso.
Aos 30 minutos, a torcida voltou a gritar "É campeão" com mais força. Poderia ter feito isso durante todo o segundo tempo. O Brasil foi senhor do jogo naquela etapa. Foi um verdadeiro passeio. Uma vitória categórica que não levanta questionamento sobre o título. Uma festa linda no Maracanã. Daquelas para não ser esquecida. Mesmo se o Brasil vir a conquistar o título de hexacampeão mundial em 2014.
E por falar em 2014.... Bom, com a conquista desta noite, o povo brasileiro está mais confiante. A seleção também. Faltava essa garra ao selecionado verde e amarelo. Antes, o Brasil era um time apático. Em campo, a equipe parecia indiferente depois de uma vitória ou uma derrota. Na era Felipão, a história é diferente. O título dessa noite foi importante demais para o Brasil resgatar a sua força. A conquista do Mundial 2014 passava por esse título. Afinal, a seleção não teve Eliminatórias para disputar. E precisava de uma conquista como essa para mostrar sua qualidade.
No Maracanã, o Brasil mandou para o espaço a invencibilidade da Espanha de três anos em jogos oficiais da Fifa e acumulou mais uma vitória diante de um campeão mundial: França (3x0, no amistoso antes da Copa das Confederações), Itália (4x2), Uruguai (2x1) e Espanha (3x0).
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