Apesar de jovem, 41 anos, o técnico espanhol Pep Guardiola já tem seu nome cravado em letras douradas na história do futebol. Por isso, já é alvo de uma biografia: Another way of winning (Outra maneira de ganhar), escrita pelo jornalista Guillem Balagué, correspondente do jornal AS, em Londres. Nela, chama a atenção a admiração do comandante do Barcelona entre 2008 e maio deste ano, pelos brasileiros. Também há uma discreta crítica ao estilo espalhafatoso do atacante Neymar.
No site Trivela, o bloqueiro Marcus Alves, que recebeu uma cópia do livro, destaca as passagens em que jogadores brasileiros são citados. Numa delas, Guardiola demonstrara tanta reverência a Romário que valeu-lhe uma bronca do então técnico do Barcelona, Johan Cruyff.
Na ocasião, em 1993, Romário acabara de chegar à Catalunha. O treinador convidou o Baixinho e Pep para um jantar. Na primeira ida de Romário ao banheiro, o holandês mandou a reprimenda: mandou-o parar de se comportar como um garoto de 15 anos.
Sobre Neymar, a observação é mais recente. Em dezembro de 2011, o Barça teve o Santos como adversário na final do Mundial de Clubes da Fifa. Ao lado de um amigo, Guardiola pediu que observasse o corte de cabelo, o relógio e a chuteira do craque da Vila Belmiro. Depois, prestasse atenção em Messi. " “Agora olhe para Messi. Melhor jogador do mundo. Talvez da história. E, ainda assim, apenas Messi".
Outra passagem envolvendo um brasileiro ídolo da Catalunha foi logo em sua chegada. Ele chamou Ronaldinho para uma conversa. Já em decadência, o então camisa 10 ouviu que ainda era um talento extraordinário mas estava fora de forma e seria preciso recuperar o potencial. O melhor do mundo em 2005 e 2006 não disse uma palavra.