Da Agência EFE
O equatoriano Byron Moreno, detido em Nova York por posse de heroína, era praticamente desconhecido na Europa até a Copa do Mundo de 2002.
Na ocasião, na Coreia do Sul, a seleção italiana teve a oportunidade de conhecer a fundo este árbitro, indicado pela Fifa como um dos melhores do mundo.
Dirigida pelo experiente Giovanni Trapattoni, a Azzurra tinha uma grande equipe, com estrelas como Buffon, Panucci, Maldini, Nesta, Del Piero, Totti e Vieri.
Então tricampeã do mundo, a Itália aspirava ao título, mas nas oitavas de final tropeçou em Moreno e em um "gol de ouro" marcado pelo atacante Jiung Hwan Ahn - que atuava pelo Perugia - no fim da prorrogação.
Os italianos acusaram Moreno pela eliminação da equipe devido a uma série de lances, entre eles um gol anulado de Tommasi e a expulsão de Totti no início do tempo extra por supostamente simular um pênalti.
A eliminação irritou a Itália inteira, e até o presidente do Perugia, Luciano Gaucci, chegou a declarar que não renovaria o contrato de Ahn, mas se retratou depois. No fim, foi o atacante coreano quem deixou o clube.
A Fifa abriu uma investigação que terminou sem acusações, embora não tenha mais permitido que Moreno voltasse a atuar em partidas internacionais.