Analisando a nota em que Toninho Monteiro justifica a retirada de sua candidatura à presidência do Náutico, publicada no Jornal do Commercio e reproduzida no Blog do Torcedor (confira-a AQUI), gostaria de destacar dois pontos.
1° — Toninho Monteiro, ao explicar os motivos da desistência, declarou: "A disputa eleitoral levaria o clube a uma irremediável divisão".
Ora, irremediável divisão é o que está se configurando agora, com a retirada de Toninho, à medida que alvirrubros do seu grupo — como André Campos e Eduardo Morais — declaram que não participarão da administração de Dacal. O problema político que se percebe no momento se fez depois da retirada de Toninho.
2° — Toninho declarou: "De forma refletida, concluí que a melhor forma de servir ao Náutico foi retirar minha candidatura, abrindo um leque de possibilidades para encontrar uma saída harmônica para a sucessão".
Ora, Dacal ficou como candidato único, então esse leque de possibilidades para se encontrar uma saída harmônica não existe. Só existira se Dacal também desistisse, em nome de um consenso, como forma de salvar o clube da citada invariável divisão.
Seria nisto que Toninho Monteiro está apostando?
Nas entrelinhas, fica a impressão que sim.