Imagem: Fabiana Rocha / Facebook
Os caminhos da professora de Geografia, Fabiana Rocha, e do Nathan, um jovem estudante do Colégio Mario Schenberg, em Carapicuíba (SP), se cruzaram apenas há 4 meses, mas já trouxeram grandes mudanças para a vida dos dois. Isso porque a docente se deparou com um grande desafio de ensinar os conteúdos didáticos para aluno, que é deficiente visual.
Dentro da instituição, a metodologia de ensino aplicada é a tradicional apostila, o que frustava ainda mais a professora que precisava encontrar outras atividades para incluir Nathan no método de aprendizagem.
“Quem me conhece sabe o quanto amo ser professora e como não consigo conceber a ideia de um aluno ser excluído de alguma maneira das minhas aulas e do processo de ensino e aprendizagem”, afirma.
Material Tátil
Dias antes do período de prova, enquanto desenvolvia a avaliação geral do alunos, a professora teve a ideia de produzir um material 100% tátil, exclusivo para o Nathan. “Comecei a pesquisar, estudar, criar e saiu os primeiros materiais – gráficos com diversas texturas (E.V.A com Glitter, felpudo, liso etc.), pirâmides etárias de Lego, mapas com divisões em linhas e grãos (feijão, milho etc) entre outros”, conta.
Imagem: Fabiana Rocha / Facebook
No dia da avaliação, ela sentou ao lado do aluno e aplicou a dinâmica em conjunto com os conteúdos vistos em sala, e logo se emocionou ao presenciar o aluno respondendo a absolutamente todas as questões da prova com o auxílio do material tátil. “No final da prova ele chorou, agradeceu por eu ter feito o material para ele e eu chorei junto em saber que venci um obstáculo dentro da inclusão na educação”, afirma a professora.
Imagem: Fabiana Rocha / Facebook
Presente
Na última sexta-feira (13), como forma de agradecer a Fabiana, Nathan a presentou com um quadro pintado por ele mesmo e disse que queria ter desenhado a professora, chegando a perguntar à ela como eram seus traços, mas que resolveu não fazer “pois sempre quando pensa em seu rosto não ‘enxerga’ olhos, nariz e boca, mas uma luz”.
Imagem: Fabiana Rocha / Facebook
Emocionada com a surpresa, a professora afirmou: “Ser professor nos dias de hoje é mais do que ser luz... Educar é criar pontes de possibilidades e eu amo isso", conclui. Confira o post da dela na íntegra:
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*Com informações do Razões para acreditar
