Os jogadores da
seleção brasileira contam com grande torcida, disso ninguém tem dúvidas. Mas, entre nós, que somos milhões, um figurinha em especial ganhou destaque nos últimos dias:
Wallace Rocha, um garoto de 12 anos, moradora da
Vila Cruzeiro, favela na Zona Norte do
Rio de Janeiro. O motivo? O registro do garoto estampando humildade e criatividade ao vestir uma camisa que levava, escrito a mão, o nome e número do seu herói em campo favorito:
"Coutinho - 11".
O registro foi feito feito pelo
fotógrafo Bruno Itan, que postou a imagem no Instagram. A partir dai começaram duas campanhas: a primeira, encontrar o Wallace, que até então ele desconhecia a identidade. Em seguida, fazer a história do menino chegar ao camisa 11 da seleção. Pois é, as terras russas são longes, mas a internet está aí para ajudar. A imagem chegou ao jogador, que ficou encantado pela história do seu fã mirim e, em vídeo, pediu um encontro depois da Copa do Mundo!
"Fala aí, meu parceirinho Wallace. Passando aqui para te mandar um abraço e agradecer pela sua torcida, que é muito importante pra gente. Estou louco pra te conhecer. Espero que depois da Copa do Mundo a gente possa se conhecer, valeu, irmãozinho? Um beijo grande, fica com Deus", disse o craque para o menino.
Pelas lentes do país
A postagem já tem pouco mais de
20 mil curtidas, mas, o protagonista dessa história, Wallace, recebeu a notícia em êxtase. Não chorou, nem gritou. Se manteve calado, talvez sem acreditar que a sua história tenha cruzado os limites da comunidade. Ele, que é caçula de cinco filhos, aluno do 5º ano de uma escola pública e filho de uma dona de casa, quer seguir os passos do ídolo. Hoje, é jogador do campo da Vacaria, mas almeja mais!

Imagem: Reprodução / Instagram (brunoitan)
Inspiração
No dia da fotografia, feita na última sexta (22), dia do jogo do
Brasil x Costa Rica, Wallace já havia pedido à sua mãe que comprasse uma camisa oficial da seleção. Infelizmente, dona Sandra
não tinha dinheiro para isso
. Os dois foram então pedir ajuda a uma costureira da comunidade, a Tia Neuza, que no improviso, costurou um pano amarelo que tinha em casa. A camisa custaria R$ 10 reais, mas acabou saindo fiado. O nome e número Coutinho foram feitos à mão mesmo. Uma decisão do menino, que contrariou a sugestão da mãe que havia pedido para ele colocar o seu próprio nome.
Sem dúvidas, os brasileiros que acompanharam essa história querem agora um final feliz completo: o Hexa em mãos e encontro do menino Wallace com nosso craque da camisa 11, Philippe Coutinho!
*Com informações do Extra