Mulher tira selfie durante o próprio sequestro e manda para a psicóloga pedindo dicas para se acalmar

Maria Anália da Conceição, de 60 anos, estava na avenida Paulista, em São Paulo, quando foi surpreendida por uma mulher que se aproximou por trás e colocou uma faca em seu pescoço. Enquanto falava frases sem sentido, a estranha pedia para que a bibliotecária chamasse a imprensa. O sequestro chamou a atenção de quem circulava pelo local na tarde desta quinta-feira (5). Essa seria mais uma notícia sobre a violência diária no nosso país. Porém a reação da refém chamou a atenção nesse caso. Selfie feita pela bibliotecária Maria Analia da Conceição, vítima de sequestro na Avenida Paulista Foto: Arquivo Pessoal Enquanto era ameaçada pela desconhecida, Maria Anália usou o seu celular para tirar uma selfie. É isso mesmo! Uma selfie. Ela enviou a foto para sua psicóloga com quem estava indo se consultar no mesmo dia. Maria contou que em um primeiro momento achou que se tratava de uma brincadeira. “Foi de repente, eu estava esperando o ônibus e olhando o aplicativo do itinerário e ela, do nada, me grudou por trás e falou: 'Você vai me salvar'. Aí quando tentei virar para trás, ela me imobilizou”. Ela falava: "Chama a imprensa!”. Disse ao jornal O Globo.

Muita calma nessa hora!

Foi aí que Maria resolveu agir. Enquanto fingia que pesquisava números da imprensa em seu celular ela aproveitou para trocar mensagens com a psicóloga e avisar que não poderia comparecer à consulta que estava marcada. Para provar que estava sendo feita refém, enviou a selfie. “Ela (a sequestradora) não estava prestando atenção no que eu estava fazendo, queria mesmo chamar a atenção da imprensa. Dizia que ninguém merecia passar fome, falou algumas coisas sem sentido sobre futebol. Avisei a minha psicóloga, na esperança que ela me mandasse uma mensagem para que eu ficasse mais calma”, informou Maria. “Rolou mais de meia hora de conversa e negociação, até a mulher decidir soltar a vítima”, disse uma testemunha. “Logo depois ela (a sequestradora) abraçou o policial que estava fazendo a negociação e foi levada para a delegacia. Por isso, imagino que ela tinha algum problema mental.” Maria Anália prestou depoimento na 78º DP, nos Jardins, e fez exame de corpo de delito no IML.

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