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Funk acusado de fazer apologia ao estupro chega ao topo do Spotify no Brasil

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Publicado em 17/01/2018 às 15:03
Reprodução/Twitter Uma das músicas mais ouvidas do Spotify pelos brasileiros, atualmente, é "Surubinha de Leve", de MC Diguinho. Polêmica, ela está sendo acusada de fazer apologia ao estupro devido a versos como: "Taca a bebida, depois taca a p*#a e abandona na rua". Surubinha de Leve aparece no topo da playlist "As Virais 50 do Brasil", do aplicativo de streaming musical Spotify. No Deezer, o funk já aparece na 31º colocação da playlist "Top Brasil" e está subindo posições.

Fora do ar!

Apesar de popular e de ter atingido grande número de "play", o funk "Só surubinha de leve" foi retirado das plataformas de streaming. A decisão ocorreu após internautas denunciarem a canção do MC Diguinho por apologia ao estupro. Em nota, o Spotify disse que a distribuidora da música teria sido informada. "Informamos que contatamos a distribuidora da música 'Só surubinha de leve' a respeito do ocorrido e fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção", disse a plataforma ao jornal O Globo. No YouTube, a música ultrapassou a marca de 14 milhões de visualizações desde que foi lançada, em 14/12. Na rede social de vídeos a popularidade também é alta: 254 mil likes contra somente 80 mil deslikes. O funk também é cotado para ser o novo hit do Carnaval 2018. Apesar de super reproduzida e popular, a canção é explícita e polêmica: "Pode vir sem dinheiro Mas traz uma piranha, aí! Brota e convoca as p*#a Mais tarde tem fervo Hoje vai rolar suruba Só uma surubinha de leve Surubinha de leve Com essas filha da p*#a Taca a bebida Depois taca a p*#a E abandona na rua"   Nas redes sociais, os comentários estão divididos. Quem a escuta, defende que "a batida é boa" e que "é só uma música". É o caso do usuário Vinicius Silva, que comentou sobre o assunto dizendo: "P#u no c* de quem sofre por causa de música, a música não te faz frágil e nem te mata, mata vc ser burra o bastante para se ceder a homens irracionais, não degrade a música, seja consciente em saber que música não faz nada a não ser de ficar na cabeça mais nada". O comentário de Vinicius foi feito em uma postagem da universitária paraibana Yasmim Formiga, que publicou uma foto de protesto contra a música 'Surubinha de Leve'. Na legenda, uma crítica: "Sua música ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam. Sua música aumenta a misoginia. Sua música aumenta os dados de feminicídio. Sua música machuca um ser humano. Sua música gera um trauma. Sua música gera a próxima desculpa. Sua música tira mais uma. Sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua". O post foi compartilhado mais de 125 mil vezes nos últimos dois dias. Assim como Yasmim, outros internautas pensaram melhor e chegaram à conclusão de que essa é uma canção que faz uma clara apologia ao estupro, pois incentiva os homens a embebedarem as mulheres e as utilizarem como objeto sexual. Além disso, o MC Diguinho utiliza termos pesados quando faz referência a pessoas do gênero feminino. Muita gente utilizou as redes sociais pedindo para que 'Surubinha de Lev'e não seja tocada no Carnaval. Tem gente também pedindo para que as empresas de streaming tirem a música do catálogo.  

Petição on-line

Nesta quarta-feira (17), uma petição foi criada no site Avaaz.org para ajudar nesse sentido. "Pedimos ao Spotify Brasil que retire essa canção de seu catálogo, pois uma obra que estimula a violência e desvalorização das mulheres não merece ser divulgada ou compartilhada amplamente, sem uma devida restrição ou indicação de idade", diz um trecho da petição. Até o momento da publicação desta matéria, já haviam sido coletadas mais de 10 mil assinaturas.

Proibição do funk chegou a ser cogitada

Por causa do teor "proibidão" de alguns funks como esse, a Sugestão Legislativa (SUG) 17/2017 foi proposta no Senado Federal. Ela sugeria "tornar o funk um crime à saúde pública de crianças, adolescentes e à família". A ementa, no entanto, foi vetada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa por alegar que a proposta tinha cunho conservador. Diversos funkeiros e artistas do segmento também fizeram campanha contra a proibição do funk no Brasil, alegando que o ritmo faz parte da cultura do país. LEIA MAIS Funcionários da Ultragaz dançam o "Funk do Gás" e conquistam a internet O maior hit, viral e música do verão que você respeita acaba de ganhar um clipe oficial: Olha o gás  

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