A filial brasileira da Salesforce, empresa de tecnologia multinacional, decidiu comemorar o fim de ano realizando um baile de fantasias. Um detalhe específico chegou aos olhos dos diretores da companhia lá em San Francisco, onde fica a sede da empresa: um dos fantasiados, que trabalhava na área de vendas, se fantasiou de "negão do WhatsApp".

Reprodução/Twitter
Uma foto dele vestindo um pênis gigante ao lado do diretor comercial e de outros nove funcionários da empresa foi divulgada. Segundo as regras do concurso criado pelo RH da filial brasileira, quem tivesse a melhor fantasia ganharia R$ 3 mil. O "negão do WhatsApp", como o personagem é conhecido nas redes sociais, ficou apenas em quarto lugar e ainda foi demitido.
De acordo com apuração da
Folha de S.Paulo, assim que a diretoria mundial da empresa tomou conhecimento da foto, pediu o desligamento do funcionário. O diretor comercial não concordou e decidiu mantê-lo na empresa, justificando à sede que as pessoas no Brasil são mais liberais. Não teve jeito: a chefia "pediu a cabeça" não só do "negão do WhatsApp", mas também a do diretor comercial que tentou defendê-lo.
O presidente da Salesforce no Brasil não quis perder os dois funcionários e tentou interferir ele mesmo na decisão da sede. Disse que aquela era uma punição exagerada e que tudo era apenas uma brincadeira. Resultado: a diretoria global pediu a demissão do funcionário que se fantasiou, do diretor comercial e também do presidente da filial brasileira.
Mais gente punida
Ainda de acordo com a F
olha, outros dois empregados foram suspensos por terem se fantasiado como as personagens principais do filme "As Branquelas", em que dois policiais negros se transformam em mulheres brancas. Os diretores da sede consideraram que essa "brincadeira" ocorrida no Brasil extrapolou todos os limites suportados pela cultura mundial da empresa.
Algumas pessoas consideraram a punição da firma como desproporcional, visto que a Salesforce é uma empresa com discurso de defesa da diversidade e liberdade. Por sua vez, a companhia norte-americana confirmou que realmente dispensou os funcionários envolvidos na festa de confraternização mas que, por normas internas, não vai comentar sobre o assunto.
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