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Encanto do mercado financeiro com Haddad foi abalado, avalia especialista após divulgação da pesquisa Genial/Quaest

De acordo com a Quaest, o percentual de avaliações negativas [da atuação de Haddad] subiu de 24% para 58%; avaliação regular passou de 35% para 32%

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JC

Publicado em 19/03/2025 às 12:06 | Atualizado em 19/03/2025 às 12:08
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - © Marcelo Camargo/Agência Brasil

O sociólogo e cientista político, Maurício Garcia, avaliou que a relação do mercado financeiro com o ministro Fernando Haddad foi abalada. A declaração foi dada, nesta quarta-feira (19), durante o programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal. A avaliação ocorre após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que revela a visão do mercado sobre o governo petista. 

De acordo com a Quaest, o percentual de avaliações negativas [da atuação de Haddad] subiu de 24% para 58% no intervalo, com as avaliações positivas retrocedendo de 41% para 10%, de dezembro para março. A avaliação regular passou de 35% para 32%.

"Então, de fato, o encanto de Haddad com o mercado financeiro parece que foi abalado sim. Não há dúvidas nisso. Precisa saber, de fato, o quanto foi abalado para a população como um todo", disse Maurício Garcia.  

A Genial/Quaest realizou 106 entrevistas junto a fundos de investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro, com coleta por meio de questionários online entre os dias 12 e 17 de março. Participaram gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão.

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'Mercado está com paciência'

Segundo o cientista político, existem alguns pontos positivos que precisam ser levados em conta sobre o governo Lula. O primeiro é a avaliação do atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Para 49% dos entrevistados, a gestão é igual ao que se esperava. Contudo, 28% disseram ser muito cedo para avaliar.

"Esse é um sinal que o mercado está na paciência, está aguardando, está esperando para ver o que o Galípolo vai fazer", avalia Garcia. 

O segundo ponto é quando os entrevistados são questionados sobre o crescimento do PIB deste ano. Para 51% do mercado, PIB deve crescer entre 1,51% e 2% este ano.

"A gente tem 1/3 (32%), não é a maior parcela, mas é uma parcela significativa dos investidores acreditando que o PIB deste ano será maior que 2%. Esse é um dados que mostra, apesar de tudo negativo colocado nessa pesquisa, há uma esperança de que possa crescer, de fato, num patamar alto para os nossos padrões", comentou. 

Desespero?

Para Garcia, o governo Lula, nas últimas semanas, têm tomado decisões estratégicas visando a melhora do governo. "Hoje, parece que para o governo poder recuperar a popularidade, a gente tem visto nas duas últimas semanas, tem tomado uma série de outras atitudes meio no desespero para poder salvar o governo. Uma delas é esse encaminhamento para a isenção do imposto de renda", afirmou. 

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