Citado por Cid em delação como "radical", Gilson anuncia vinda de Bolsonaro a Pernambuco e diz que está "do lado do bem"
Gilson Machado anunciou agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco para a próxima segunda-feira (24), em publicação nas redes sociais

Após ser mencionado por Mauro Cid como integrante de "ala radical", o ex-ministro Gilson Machado (PL) anunciou, nesta quarta-feira (19). agendas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Pernambuco para a próxima segunda-feira (24).
Bolsonaro, que foi um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na última terça-feira (18), inicia a visita a Pernambuco com um café da manhã no bairro de Boa Viagem, zona Sul do Recife. De lá, o ex-presidente segue para Carpina, na Mata Norte, onde visita uma usina. Por fim, Bolsonaro vai para Vitória de Santo Antão, onde receberá o título de cidadão do município, na Câmara de Vereadores de Vitória.
O anúncio da visita de Bolsonaro a Pernambuco foi realizado durante o encontro do ex-presidente com parlamentares pernambucanos e lideranças estaduais do PL.
Além de Gilson Machado, acompanhado de seu filho, o vereador Gilson Machado Filho, marcaram presença na reunião com Bolsonaro os deputados estaduais Joel da Harpa, Coronel Alberto Feitosa, Abimael Santos e Renato Antunes. O deputado federal Pastor Eurico também participou do encontro.
"Bolsonaro estará em Pernambuco na próxima segunda-feira, chega logo cedo, tomando um café na Padaria Boa Viagem (....) Vamos a Carpina (Zona da Mata) para o fechamento da safra (de cana-de-açúcar), priorizando o agronegócio, e depois ele vai receber o título de cidadão de Vitória de Santo Antão (também na Zona da Mata)", adiantou Gilson Machado.
CIDADÃO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
O Título de Cidadão de Vitória de Santo Antão foi proposto pelo vereador Marcos da Prestação (PL). A homenagem foi aprovada em 3 de janeiro deste ano, na sessão de abertura das atividades legislativas. A entrega do título será feita à tarde, na Praça 3 de agosto, em frente à Câmara de Vereadores da cidade.
"O ex-presidente Jair Bolsonaro é um grande líder e um amigo que sempre demonstrou compromisso com o Brasil e com o povo pernambucano. Sua vinda ao Recife na próxima segunda-feira será um momento importante para reafirmarmos os valores que defendemos: Deus, pátria, família e liberdade. Como vereador mais votado do PL no Recife, é uma honra recebê-lo em nossa cidade e acompanhar essa visita, que, sem dúvida, será marcada pelo carinho e apoio dos pernambucanos. Bolsonaro sempre teve um olhar atento para nossa região e continua sendo uma voz forte na defesa dos interesses do nosso povo", afirmou Gilson Filho.
AGENDA PREVISTA PARA BOLSONARO EM PERNAMBUCO:
- 7H30 - Chegada ao Recife
- 8h - Café da manhã na Padaria Boa Viagem
- 12h - Visita à Usina Petribu, em Carpina
- 15h - Homenagem na Câmara de Vereadores de Vitória de Santo Antão
Após ser citado por Cid em delação, Gilson Machado diz que está "do lado do bem"
O ex-ministro Gilson Machado se manifestou, após ser citado em delação de Mauro Cid. O depoimento do ex-ajudante de ordens foi realizado em agosto de 2023, mas só foi divulgado nesta quarta-feira, após decisão do ministro Alexandre de Moraes derrubar o sigilo do documento.
De acordo com Cid, Gilson fazia parte de "ala radical", que pedia ao ex-presidente Jair Bolsonaro por um golpe de Estado.
Compartilhando matéria do JC sobre o tema, Gilson afirmou que "é currículo" estar "do lado do bem" com Bolsonaro.
"Estar do lado do bem com Bolsonaro não é demérito, é currículo", disse em grupo com apoiadores.
Segundo Cid, em delação, os citados na ala radical "conversavam constantemente" com Bolsonaro, "instigando-o para dar um golpe de Estado", e afirmavam que o ex-presidente tinha apoio do povo e dos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores).
"Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado; QUE afirmavam que o ex-Presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe", diz trecho da delação de Mauro Cid.
Em trecho anterior da delação, Cid aponta que os citados não eram um grupo organizado, mas que, individualmente, se encontravam com o ex-presidente, "na intenção de exigir uma ação mais contundente" de Bolsonaro.