O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), usou as redes sociais neste domingo (5) e se manifestou sobre o encontro com a governadora Raquel Lyra (PSDB). De acordo com Miguel, “muita historinha saiu” sobre a reunião e detalhou a conversa com a chefe do Executivo estadual.
Miguel, que estava em viagem internacional, onde participou de um evento na Alemanha, afirmou que “cenários hipotéticos e fantasiosos” foram colocados, nas especulações sobre o teor da reunião com Raquel Lyra.
“Vi que nesse tempo que eu estava fora, meu nome, o nosso grupo político foi bastante ventilado, bastante especulado, muitos cenários hipotéticos e fantasiosos colocados, mas eu queria deixar muito claro aqui o nosso posicionamento”, comentou.
De acordo com o ex-prefeito, o convite para o encontro partiu da governadora, e detalhou que no encontro foram tratados temas da política e do União Brasil. Miguel afirmou que deixou claro o posicionamento político do partido. Atualmente, o União Brasil em Pernambuco está dividido, com uma ala mais ligada à Raquel Lyra e outra posicionada próxima ao prefeito do Recife, João Campos (PSB).
“Tive sim uma conversa com a governadora Raquel, a convite dela, fui a seu encontro até por uma questão de educação, de respeito e de cortesia. Nesse encontro, onde a gente conversou muito sobre o estado de Pernambuco, sobre o nosso partido, entre outros assuntos, deixei claro que o nosso posicionamento político era muito transparente, até porque o posicionamento que o nosso grupo político tem, vem se construindo desde o final de 2022, ao longo de 2023 todo, e, consequentemente, muito forte em 2024, onde tivemos reciprocidade de apoio”, disse.
Ainda segundo Miguel Coelho, o posicionamento político do grupo continuará sendo de tratar com respeito e “conversando com todos”, destacando que, na política, “o gesto conta muito”, citando as divergências internas dentro do partido em Pernambuco.
“Acima de tudo, o União Brasil, a nível estadual, vai continuar no mesmo posicionamento político, respeitando as divergências internas que temos, afinal somos um partido político democrático, respeitamos todos”, afirmou.
Miguel também confirmou que o partido vai buscar uma vaga no Senado em 2026, onde o seu nome vem sendo ventilado para a disputa.
“Nosso interesse no União em Pernambuco é único, é construir uma bancada forte com mais deputados federais, com mais deputados estaduais e todos sabem, não escondo de ninguém a nossa pretensão e vamos trabalhar assim para estar na chapa majoritária, disputando a vaga do Senado Federal no ano de 2026”, detalhou.
Apesar de revelar as pretensões para o pleito, o ex-prefeito de Petrolina também destacou que os assuntos de 2026 serão tratados em 2026, enfatizando que 2025 será para articular e “não fechar nenhuma porta”.
“Sobre 2026, nós vamos tratar em 2026. 2025 é ano de trabalho, ano de articulação, de diálogos, para que a gente não feche nenhuma porta, mas acima de tudo, para que a gente possa construir um União no Brasil mais fortalecido, mais homogêneo, mas acima de tudo, mais unido. E é isso que a gente quer, acima de tudo, que queremos um Pernambuco melhor, mais justo, com mais oportunidades, e um Pernambuco que olhe para frente e que olhe para as pessoas”, concluiu.
Apesar de "tranquilidade" após dissolução de diretório, União Brasil em PE segue dividido
As declarações de Miguel Coelho neste domingo apontam uma posição firme do seu grupo político, composto por ele e seus irmãos, Fernando Filho (deputado federal) e Antônio Coelho (deputado estadual), já projetando as discussões para 2026.
Os irmãos Coelho tem alinhamento com João Campos, que é um dos nomes cotados para disputar o Governo do Estado em 2026. Por outro lado, no União Brasil em Pernambuco, o grupo político liderado pelo deputado federal Mendonça Filho tem alinhamento com a governadora Raquel Lyra.
Em dezembro de 2024, em contato com o Jornal do Commercio, Fernando Filho e Mendonça Filho falaram sobre as divergências internas do partido em Pernambuco, após a dissolução do diretório estadual do União Brasil. Os dois deputados federais descartaram qualquer discussão sobre as eleições de 2026, até o ano do pleito.
“Mendonça está de um lado, nós estamos do outro, mas eu e ele temos um alinhamento com a Direção Nacional de que 2026 nós vamos tratar em 2026”, afirmou Fernando Filho.
Mendonça, à época reafirmou a divergência entre os grupos políticos, mas destacou o respeito a Fernando Filho e enfatizou que os esforços estão concentrados no fortalecimento do partido, mesmo que em polos distintos.
“Nós temos campos divergentes, entre a minha posição e de Fernando Filho, mas a gente se respeita. Eu defendo uma linha de alinhamento com o governo Raquel Lyra, ele tem um alinhamento mais com o prefeito do Recife João Campos. Vamos, cada um, cuidar do seu espaço dentro do partido, estou fortalecendo o meu campo e os aliados dentro do União Brasil, para que a gente possa ter uma boa chapa de candidatos a deputado estadual em 2026, uma boa chapa de candidatos a deputado federal e o partido possa protagonizar um papel relevante”, disse Mendonça.
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