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Plano para matar Lula: saiba como golpistas planejavam atentado

O grupo tinha como objetivo assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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Renato Nascimento

Publicado em 19/11/2024 às 14:10
Da esquerda para direita, Alckmin, Moraes e Lula. - Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) desarticulou, na Operação Contragolpe, uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

O grupo também tinha como objetivo assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O plano, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, previa ações como envenenamento, uso de explosivos e táticas militares avançadas. Os ataques seriam realizados em eventos públicos ou locais estratégicos.

Segundo a PF, o atentado estava previsto para 15 de dezembro de 2022. Na ocasião, Lula estava em São Paulo participando de um evento com catadores de materiais recicláveis, enquanto Alckmin estava em Brasília, reunido com governadores, em um encontro promovido pelo movimento "Todos pela Educação" e pela Unesco.

Os planos incluíam o uso de armamentos letais, explosivos e até métodos de envenenamento. As investigações apontaram também o monitoramento constante de Moraes, considerado um dos alvos prioritários.

Detalhes do golpe

As investigações apontam que o grupo contava com militares da ativa e da reserva, além de um policial federal.

Nos planos, o grupo teria detalhado cada etapa do golpe, desde os recursos bélicos até um esquema para instituir um “gabinete institucional de crise” para gerenciar os conflitos que poderiam surgir após as ações.

Nos documentos obtidos pela PF, os golpistas usavam codinomes como "Jeca", para Lula, e "Joca", para Alckmin.

Para o atual presidente, cogitavam envenenamento devido às visitas frequentes a hospitais, enquanto para Moraes consideravam explosivos e envenenamento em eventos públicos.

Prisão de militares e civis

A PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e busca por conexões com atentados já ocorridos, como a bomba encontrada perto do aeroporto de Brasília em 2022.  Entre os presos estão:

Próximos passos

Com mandados cumpridos no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Goiás e Amazonas, a PF segue investigando outros envolvidos no esquema. As ações incluem medidas restritivas, como a proibição de contato entre os investigados e o veto à saída do país.

Os crimes investigados incluem golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A Operação Contragolpe é uma das maiores investigações já realizadas contra atos antidemocráticos no Brasil, com apoio direto do Exército nas diligências.

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