A eleição contestada de Nicolás Maduro refletiu na reunião plenária desta última terça-feira (27) na Alepe. O deputado estadual Renato Antunes (PL) teceu críticas à também deputada estadual Rosa Amorim (PT) por ter viajado à Venezuela. Rosa teve licença em caráter cultural oficializada pela Casa no período de 23 a 26 de agosto.
O deputado expressou indignação pelo fato da parlamentar ter divulgado em rede social um vídeo cumprimentando Maduro e dizendo que trazia ao político o “carinho do povo brasileiro”.
“Carinho de que brasileiro? Talvez de meia dúzia, do bando que anda com ela invadindo terra em Pernambuco. Porque eu tenho certeza que a fala dela não representa o sentimento do Brasil. Não podemos aceitar um governo autoritário e achar isso normal. Não podemos aceitar um governo que mata opositores”, disse.
Ele argumenta que a fala de Rosa Amorim não representa a esquerda, uma vez que o espectro político seria mais equilibrado e teria posturas divergentes, mas não insensatas. Em resposta ao parlamentar, João Paulo (PT) pediu respeito à deputada e ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e, por outro lado, cobrou um posicionamento de Antunes sobre a situação em Israel.
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“Mais de 40 mil mortos, jovens, crianças, mulheres e idosos, pela fúria do governo de Israel. E vossa excelência aqui não dá um pio. Não dá uma palavra. Agora, para atacar uma parlamentar indefesa, vossa excelência tem a voz alta, vem aqui gritar”, protestou.
Renato Antunes voltou à tribuna, no tempo de comunicação de lideranças. Ele opinou que Israel tem o direito de defender sua soberania, lembrou dos milhares de reféns presos pelo Hamas e reafirmou a decepção com a postura de quem aplaude o governo de Maduro.