ONGs investem R$ 2 milhões na restauração de 50 moradias em comunidade no Recife
Segundo a instituição, condições das moradias identificadas são extremamente precárias, sem acesso a banheiro, aberturas de janelas ou pisos adequados

Cerca de 50 famílias da Comunidade do Coque, no Recife, terão suas residências restauradas ainda este ano. O projeto da ONG Habitat para a Humanidade Brasil vai investir uma média de R$ 40 mil por casa - R$ 2 milhões no total - e conta com o apoio da Fundação Salvador Arena.
Esta é a segunda edição do projeto que, em 2024, contemplou 10 famílias em situação de vulnerabilidade na mesma região.
Os serviços devem ser concluídos até setembro de 2025 e têm como objetivo promover melhorias habitacionais na comunidade e facilitar, assim, que, além de uma moradia digna, a comunidade tenha acesso a outros direitos essenciais, como saúde, educação e segurança.
De acordo com a Habitat para a Humanidade Brasil, o processo de seleção das famílias já foi iniciado, com 25 já escolhidas e as demais em andamento.
Segundo a instituição, as condições das moradias identificadas são extremamente precárias, com pessoas sem acesso a banheiro, sem aberturas de janelas e pisos adequados, por exemplo.
A Comunidade do Coque também deve ser beneficiada com assessoria social e técnica durante a execução do projeto.
“Com essas melhorias, não apenas garantimos um lar mais digno para essas famílias, mas também promovemos impactos duradouros em sua qualidade de vida. A ampliação do projeto no Coque mostra a importância da continuidade dessas ações e do engajamento coletivo para transformar realidades. Esperamos que essa iniciativa inspire políticas públicas que enfrentem o déficit habitacional qualitativo no Brasil, especialmente no Nordeste, onde essa realidade é ainda mais desafiadora”, afirma Mohema Rolim, gerente de projetos na Habitat Brasil.
Precariedade e déficit habitacional
Um levantamento divulgado pela Fundação João Pinheiro (FJP), com base em dados da Pnad Contínua de 2022, revelou que o Recife apresenta um total de 1.586 habitações precárias.
Além disso, a capital pernambucana conta com 6.231 coabitações e 46.150 habitações em ônus excessivo do aluguel, totalizando em um déficit habitacional de 54 mil.