Um exemplar da arquitetura no bairro de Santo Antônio, área central do Recife, a Igreja Matriz de Santo Antônio está funcionando em horário reduzido devido a problemas com a energia elétrica. Apesar de ter sido contemplada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com R$ 4,6 milhões, a igreja sofre com a negligência: uma única vela ilumina o altar e, por isso, o funcionamento está reduzido.
Os fiéis não têm mais as missas das 17h30 durante a semana. As confissões e celebrações como casamentos também não estão acontecendo de segunda a sexta-feira. A igreja que data do fim do século XVIII precisa fechar às 16h, quando começa a escurecer. Aos fins de semana, o padre, Roberto Nogueira, e o sacristão, Cláudio Matos, ligam o quadro de distribuição de energia utilizando o cabo de vassoura para evitar acidentes.
O problema se arrasta por mais de dois meses. De acordo com o sacristão da matriz, durante uma forte chuva no mês de junho, infiltrações do telhado atingiram as paredes onde ficam os quadros, resultando em choques elétricos. Somente na última terça-feira (20/8), o serviço de revisão na cobertura do imóvel começou a ser feito.
Em setembro de 2023, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) anunciou que o Governo de Pernambuco junto ao Governo Federal dariam início à restauração da igreja, com recursos do Iphan, através do Novo PAC.
De acordo com a Arquidiocese do Recife e Olinda, a administração somente dá o suporte financeiro, caso seja preciso. O ecônomo havia feito o pedido para que a ordem de serviço fosse dada pela Fundarpe.
Em nota, a Fundarpe esclareceu que a responsabilidade da edificação é da arquidiocese e que finalizou um processo licitatório para execução do serviço de restauração dos bens integrados do monumento. A Fundação destacou, ainda, que os serviços serão iniciados no mês de setembro.