MEIO AMBIENTE

Nova espécie de camarão é descoberta no litoral nordestino por pesquisadores da UFPE

Espécie estava presente em cavidades do esqueleto calcário do coral de fogo e no interior de cascalho de coral, na Bahia e no Rio Grande do Norte

Cadastrado por

Laís Nascimento

Publicado em 22/07/2024 às 13:26
Material foi coletado manualmente e por meio de mergulho, em profundidades de até 12 metros - Divulgação

Uma nova espécie de camarão foi descoberta em recifes de coral no litoral nordestino por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O crustáceo foi encontrado na costa sul da Bahia e no Rio Grande do Norte e recebeu o nome de Alpheus coralvivo, em homenagem ao Projeto Coral Vivo, iniciativa que agrega pesquisas e questões de conservação marinha.

O material foi coletado manualmente e por meio de mergulho, em profundidades de até 12 metros, na região de recifes de coral de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Abrolhos, na Bahia; e de Parrachos de Maracajaú, no Rio Grande do Norte.

A espécie Alpheus coralvivo estava presente em cavidades do esqueleto calcário do coral de fogo e no interior de cascalho de coral na região estudada. Após a coleta, ele passou por estudo morfológico, com comparação com espécies próximas e análise de material genético.

“Essa descoberta amplia os dados da biodiversidade animal conhecida no Brasil e no mundo, e também auxilia nos estudos de preservação das espécies marinhas”, afirma a pesquisadora Patricia Souza dos Santos, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal (PPGBA) da UFPE e uma das autoras do artigo sobre a nova espécie.

A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Biologia de Crustáceos (LBC), do Departamento de Zoologia da UFPE, em parceria com os laboratórios de Carcinologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Biotecnologia e Sistemática de Crustáceos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) e de Genômica Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Para compor o estudo, também foram realizadas visitas às coleções de crustáceos do Museu de Zoologia (USP), do Museu Nacional (UFRJ) e do Smithsonian Institution, em Washington (EUA).

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