OPINIÃO | Notícia

Minhas anotações em Paris 2025

As opções de gastronomia na cidade são de todo tipo, inclusive locais sofisticados, com direito a contas caríssimas. Um faz sucesso há anos

Por JOÃO ALBERTO MARTINS SOBRAL Publicado em 31/01/2025 às 7:00

Rever Paris é sempre uma experiência maravilhosa. Agora vivi a experiência de curtir a cidade em pleno inverno, o que é muito diferente, mas que mantém os muitos encantos que a capital francesa possui, uma cidade que, em termos de glamour, é insuperável. Beleza e charme estão em cada ponto da cidade. É preciso estar preparado para a visita, pois o frio é terrível, exigindo roupas grossas, sapatos adequados. O problema é quando chove. Aí sim, a única coisa a fazer é procurar um local fechado para se proteger. Hoje trago algumas observações destes dias que passei em Paris.

Ao contrário de visitas anteriores recentes, encontrei um número bem menor de pedintes nas ruas, claro que devido ao frio. A melhor forma de se movimentar continua sendo a pé, quando possível. Para as distâncias maiores, o metrô, que vai a praticamente todas as partes da cidade, exigindo apenas um pequeno estudo no mapa. A passagem individual custa 2,5 € (equivalente a R$ 20), mas existem opções de pacotes que valem por um dia, uma semana. Não existe mais a tarifa de 10 tickets, que eu usei muito no passado. Claro que há a opção do táxi, mas eles são caros e difíceis de achar em determinadas horas. E também o Uber, que funciona muito bem na capital francesa. Como o metrô atende muito bem o transporte urbano, são poucos os ônibus nas ruas. Por falar em ônibus, aqueles de turismo, que circulam por várias partes e permitem aos passageiros descer, visitar a área e voltar, agora são pelo menos quatro empresas deste tipo de transporte. O uso por um dia, inclusive com tradução em português, custa 41 € (R$ 250).

Toda viagem a Paris tem que começar pela Torre Eiffel, o maior símbolo da cidade. Com a onda das selfies, alguns vendedores de souvenires se especializam em tirar fotos no celular em poses incríveis. Claro que a torre é linda de dia, mas à noite é espetacular, com iluminações que mudam a cada dia.

Comprista por natureza, o brasileiro não pode deixar de visitar a Galeria Lafayette. É um verdadeiro templo de consumo, enorme, com espaços dos mais diversos, especializados em moda masculina, feminina e infantil, artigos para casa, brinquedos e muito mais. A galeria é toda separada por setores e lá você encontra produtos de grifes como Dior, Chanel, Polo Ralph Lauren e Prada, e também, com alguma procura, marcas mais acessíveis e baratas. Uma boa dica é o restaurante, com várias opções de comida, com preços razoáveis. A loja, que tem uma ambientação deslumbrante, agora mostra uma novidade: uma passarela de vidro suspensa, para se ver, do alto, a área de compras. Fui conhecer a nova Galeria Lafayete, em pleno Champs Élysées, menor, mas igualmente charmosa.

As opções de gastronomia na cidade são de todo tipo, inclusive locais sofisticados, com direito a contas caríssimas. Um, no entanto, faz sucesso há anos, com um prato único. É o “Le Relais de L”Entrecôte”, com três endereços em Paris. Serve um prato único, o entrecôte com um molho cuja fórmula á guardada a sete chaves e demora 36 horas para ser preparada. O cardápio inclui uma salada de verduras, servidas à vontade - basta pedir que é repetido -, e batata fritas, no ponto. O prato custa 26,50 € (equivalente a R$ 165). Existem opções de sobremesas e uma boa carta de vinhos. Como em todo restaurante de Paris, é servida uma garrafa de “Eau de la Maison”, água de graça. O sucesso é tão grande, que todos os dias, no almoço e jantar, formam-se enormes filas para entrar. No dia em fui, para o jantar, à noite, com frio de -2º, a fila rodava o quarteirão, exigindo uma espera de pelo menos duas horas. Como sabia do esquema, cheguei cedo e entrei logo. Não é o único entrecôte em Paris, são muitos. Um deles fica no Champs Elysées e também, em determinados horários, tem fila para entrar.

Um dos monumentos mais fotografados do mundo é o Arco do Triunfo, em Paris, numa das extremidades dos Champs-Elysées, na Praça Charles de Gaulle, que tem um trânsito impressionantemente confuso, parece milagre não acontecerem colições dos muitos veículos na rotatória que circula o monumento, com 12 vias de entrada e saída. Foi encomendado por Napoleão Bonaparte para comemorar as vitórias do seu exército. Foi inaugurado em 1836, depois de 30 anos de obras e tem gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais franceses. Na sua base fica o túmulo do soldado desconhecido, onde os chefes de estado que visitam a França costumam colocar coroas de flores. O Arco do Triunfo tem 4 pilares com esculturas e relevos. Tem 50 metros de altura, 45 metros de largura e 22 metros de profundidade, o que permite visitar seu interior e subir até o topo. enfrentando seus 286 degraus. Existe um elevador, mas apenas para a grávidas, idosos e pessoas com deficiência. Os ingressos sustam custam 16 € (R$ 96)e como tudo em Paris pode ser comprado pela internet, evitando as filas imensas. A melhor hora para subir é no final da tarde, com uma vista deslumbrante da Torre Eiffel, do Museu do Louvre, do Panteão, da Sacré Coeur, da Torre de Montparnasse, do Hotel dos Inválidos (túmulo de Napoleão) e o Grande Arco de La Défense.

 Uma das histórias mais impressionantes do Arco do Triunfo aconteceu três semanas após o desfile da vitória de 1919, que marcou o fim da Primeira Guerra Mundial, quando o aviador Charles Godefroy passou, com seu pequeno avião pelo centro do Arco, experiência que nunca mais se repetiu.

João Alberto Martins Sobral, editor da coluna João Alberto no Social 1

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