*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo
Após um primeiro turno acirrado no Equador, o presidente Daniel Noboa e a candidata de esquerda Luisa González avançaram para o segundo turno das eleições presidenciais, que ocorrerá em abril.
Com mais de 92% dos votos apurados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) equatoriano, Noboa obteve 44,4% dos votos, enquanto González ficou com 43,9%.
O Equador vive um surto de violência relacionado ao tráfico de cocaína produzida nos vizinhos Colômbia e Peru.
Pesquisa apontava vantagem para Noboa
No final da tarde deste domingo (9), uma pesquisa de boca de urna divulgada pela empresa Estrategas colocou o presidente Daniel Noboa à frente na corrida eleitoral, com 50,2% dos votos válidos.
A candidata de esquerda, Luisa González, apareceu em segundo lugar, com 42,2% dos votos. A margem de erro da pesquisa é de 2,98 pontos percentuais para mais ou para menos.
No entanto, a apuração oficial revelou quase um empate técnico entre os dois candidatos, levando a eleição para um segundo turno.
Problemas do país
O Equador enfrenta um aumento da criminalidade e da influência do narcotráfico. Nos últimos anos, o país se tornou um dos principais corredores para o tráfico de cocaína produzida na Colômbia e no Peru.
De acordo com levantamento realizado pelo jornal equatoriano Primicias, a taxa de homicídios do país chegou a 47 por 100 mil habitantes em 2023.
Noboa, que assumiu o cargo neste mesmo ano, após a renúncia de Guillermo Lasso, usou de medidas como a militarização das ruas, a construção de novas prisões e a declaração de conflito armado interno.
Do outro lado, a candidata da esquerda, Luisa González propõe retorno às políticas sociais com foco na redução da desigualdade e na retomada dos direitos trabalhistas.
Saiba quem são os candidatos do segundo turno do Equador
Daniel Noboa
Daniel Noboa, de 37 anos, é um dos presidentes mais jovens do mundo e busca agora um mandato completo de quatro anos.
Com um estilo populista e uma forte presença nas redes sociais, Noboa conquistou apoio popular com sua guerra contra as gangues e o narcotráfico.
Sua campanha promete dar continuidade à essas ações, além de implementar reformas econômicas de cunho neoliberal.
Luisa González
González tem 47 anos, é advogada e candidata pela esquerda. Apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, que governou o Equador entre 2007 e 2017, González promete retomar políticas sociais e combater a desigualdade.
No entanto, sua ligação com Correa, condenado à revelia por corrupção, é um ponto de desconfiança para parte do eleitorado.
A sua campanha enfatiza a necessidade de união e a superação da polarização que marcou os últimos anos da política equatoriana.
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