As eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos prometem ser uma das mais intensas dos últimos anos.
Com uma corrida acirrada entre Donald Trump, ex-presidente e candidato republicano, e Kamala Harris, atual vice-presidente e candidata democrata, de acordo com o comportamento atual, o resultado será decidido pelos deputados em estados-chave.
Esses estados-pêndulo, conhecidos por sua influência em eleições competitivas, podem determinar quem ocupará a Casa Branca.
A batalha pelos estados-pêndulo
Os estados-pêndulo não têm uma preferência partidária clara, o que faz com que seus deputados frequentemente se equilibrem entre republicanos e democratas.
Em 2024, sete estados estão no centro das atenções: Michigan, Wisconsin, Nevada, Arizona, Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte.
A disputa acirrada nesses estados significa que até uma pequena margem de votos pode ser suficiente para mudar o resultado final da eleição.
Arizona
No Arizona, um estado do oeste dos EUA, o fazendeiro John Ladd, de 69 anos, está decidido a votar em Donald Trump.
Segundo ele, o fluxo de migrantes na fronteira com o México aumentou desde que Joe Biden assumiu a presidência, o que preocupa o eleitor.
"Desde que Biden se tornou presidente, (esta situação) ocorre todos os dias, a qualquer hora", acrescenta à AFP, garantindo que há" cerca de trinta" prisões diárias na sua propriedade.
A situação econômica também é um dos fatores que motivam seu apoio ao candidato republicano.
Wisconsin
Em Milwaukee, Wisconsin, Martin Kutzler, de 60 anos, também está confirmado de seu voto em Trump.
O "eleitor republicano por toda sua vida" menciona o aumento da criminalidade nas grandes cidades como uma das principais razões para seu apoio ao ex-presidente.
"Vejo que a criminalidade aumentou", afirma, referindo-se aos "vidros quebrados na rua" resultantes de "furtos e vandalismo de automóveis", relata.
Para Kutzler, as promessas de Trump de combater o crime são essenciais para garantir a segurança e a estabilidade em áreas urbanas.
Geórgia
Tricia Harris, 47 anos, moradora de Atlanta, na Geórgia, tem uma opinião oposta. Ela está empolgada com a possibilidade de eleger Kamala Harris, a primeira mulher presidente dos Estados Unidos.
"Uma primeira mulher presidente seria extraordinário", afirma Tricia, que trabalha para preservar a memória de Martin Luther King.
Ela também expressou preocupações com o aumento do racismo e da hostilidade, que teme que ressurja com uma possível vitória de Trump.
Pensilvânia
Michael Cooperman, da Filadélfia, Pensilvânia, é claro em sua exclusão a Donald Trump. Ele considera o ex-presidente um líder “segregador, caótico e corrupto”.
Cooperman, que ensina inglês para imigrantes, está demonstrando que Kamala Harris é a melhor escolha, elogiando sua inteligência e perspicácia.
No entanto, ele tem dúvidas sobre a postura da candidatura em relação à política externa, particularmente em relação ao Oriente Médio, uma questão importante para ele como "judeu e bastante pró-Israel".
Michigan
Soujoud Hamade, 32 anos, de Michigan, tem outra perspectiva. Apesar de ter apoiado os democratas no passado, ele critica Kamala Harris por seu apoio a Israel, especialmente diante da crise em Gaza.
Hamade afirma que não votará nos democratas pela primeira vez e diz que Kamala "não fez nenhuma declaração para condenar os atos horríveis que Israel cometeu", afirma o advogado árabe-americano.
Renovação do congresso
Além da disputa presidencial, as eleições de 5 de novembro também renovarão o Congresso dos Estados Unidos. Serão eleitos 34 senadores e todos os 435 membros da Câmara dos Representantes.
No Senado, os democratas mantêm uma leve maioria, que os republicanos esperam reverter. Já na Câmara, os republicanos atualmente têm maioria, mas o equilíbrio pode mudar, influenciando diretamente o futuro da presidência e das políticas públicas do país.
O colégio eleitoral
Nos Estados Unidos, a eleição presidencial não é decidida diretamente pelo voto popular, mas pelo Colégio Eleitoral, um sistema que distribui votos eleitorais entre os estados com base em sua população.
São 538 delegados no total, e o candidato que conquista pelo menos 270 votos assegura a presidência.
Estados mais populosos como a Califórnia têm um peso maior, com 54 votos, enquanto estados menores como Vermont têm apenas três votos eleitorais.