RELAÇÃO INTERNACIONAL

Brasil é solução e não problema para os EUA em termos comerciais, diz Alckmin a jornal

Segundo o vice-presidente, Lula é "homem de diálogo" e que já governou com um republicano na Casa Branca, George W. Bush, com quem "teve boa relação"

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Estadão Conteúdo

Publicado em 19/01/2025 às 18:37
Vice-presidente Geraldo Alckmin acredita que o Brasil é solução e não problema para os EUA em termos comerciais. E destacou com Lula já governou com um republicano na Casa Branca, George W. Bush - MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse neste domingo, 19, em entrevista ao jornal Valor Econômico que o Brasil é "solução", e não "problema" para os Estados Unidos em termos comerciais. Ele avalia que existe uma "'avenida' para o fortalecimento do comércio entre as duas partes", mesmo com a volta de Donald Trump à Casa Branca. No mês passado, o republicano havia dito que o Brasil é um dos países que "cobram muito" dos Estados Unidos.

"O crescimento do fluxo de comércio entre as duas partes está batendo recorde. No ano passado, ela chegou a quase 80 bilhões de dólares, e é superavitária para os Estados Unidos. Nós compramos mais do que vendemos para os Estados Unidos. Somos solução para eles. Os Estados Unidos são o maior investidor do Brasil, é uma amizade que tem 200 anos. É um ganha-ganha", afirmou Alckmin.

Segundo o vice-presidente, a relação comercial tem oportunidades em áreas como inteligência artificial, energia renovável, minerais críticos, infraestrutura, tecnologia da informação e semicondutores.

Além disso, Alckmin destaca que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um "homem de diálogo" e que já governou com um republicano na Casa Branca, George W. Bush, com quem "teve uma boa relação". "É preciso separar relações de Estado das questões partidárias. Então nós vamos trabalhar para fortalecer a relação".

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Alckmin também diz que o Brasil "não tem um imposto de importação tão elevado" e que o MDIC é "cauteloso" na questão tarifária, em um cenário de preocupação dos países do mundo inteiro em defender as suas empresas e os seus empregos. Sobre possíveis impactos no comércio brasileiro em meio ao novo governo Trump, o vice-presidente avalia que "temos que aguardar a posse para ver o que efetivamente vai ocorrer".

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