Notícias sobre segurança pública em Pernambuco, por Raphael Guerra

Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
VIOLÊNCIA NO CARNAVAL

Polícia ainda não identificou autor de assassinato de folião após Galo da Madrugada

João Amâncio Neto, de 32 anos, foi atingido por um tiro após discussão na Avenida Sul, no último sábado (1º). Parentes dizem que suspeito é policial

Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 04/03/2025 às 16:09 | Atualizado em 04/03/2025 às 19:29
João deixou esposa, com quem vivia havia cerca de 12 anos, e dois filhos - REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

Três dias após o assassinato do caldeireiro João Amâncio Neto, de 32 anos, após o desfile do Galo da Madrugada, a Polícia Civil ainda não conseguiu identificar quem foi o autor do crime. Familiares contaram à imprensa que o responsável teria sido um policial e que ele teria sido abordado e liberado por militares que faziam ronda no local. 

O crime aconteceu no final da tarde do último sábado (1º), durante a dispersão do desfile, na Avenida Sul, na altura do bairro do Cabanga, na área central do Recife. A versão contada por testemunhas é de que um amigo de João teria esbarrado em uma foliã, que reagiu e houve uma discussão.

O caldeireiro teria se aproximado para intervir e acabou atingido por um tiro no tórax disparado pelo companheiro da mulher. O amigo de João também foi baleado no queixo. 

Parentes disseram que o autor do crime continuou andando e foi abordado por policiais militares. Ele teria apresentado uma carteira, semelhante a um distintivo policial, e deixado o local com facilidade. Procedimento questionado pelos familiares, já que o suspeito deveria ter sido encaminhado à delegacia.

Os mesmos policiais, segundo as testemunhas, prestaram socorro às vítimas. João Amâncio foi colocado no porta-malas da viatura e encaminhado ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, onde morreu.

A vítima, fantasiada do personagem Fred Flintstone, estava com familiares e amigos no Galo da Madrugada. Moradores do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, eles haviam fretado um ônibus para levá-los para a folia.  

João deixou esposa, com quem vivia havia cerca de 12 anos, e dois filhos - sendo um de 12 e outro de cinco anos. 

INVESTIGAÇÃO

Sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

A coluna Segurança apurou que os policiais militares envolvidos na ocorrência prestaram esclarecimentos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas negaram ter abordado e liberado o autor do crime. 

O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios. Nenhum suspeito chegou a se apresentar até agora. 

A polícia também identificou que João Amâncio já cumpriu pena pelo crime de roubo. 

Apesar das informações de parentes de que os policiais militares liberaram o suspeito do crime durante abordagem, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) ainda não está apurando a conduta da tropa.

A coluna apurou que isso só deve ocorrer se a denúncia foi comprovada durante a investigação conduzida pela Polícia Civil. 

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