IMUNIZAÇÃO | Notícia

Pernambuco anuncia como será campanha de vacinação contra gripe de 2025; veja grupos prioritários

Programa Estadual de Imunizações recebeu, do Ministério da Saúde, 260 mil doses do imunizante que protege contra H1N1, H3N2 e influenza B

Por Cinthya Leite Publicado em 24/03/2025 às 18:15 | Atualizado em 25/03/2025 às 7:18

A partir do dia 7 de abril, a vacina contra gripe (influenza) passará a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos de idade. Com isso, a proteção contra a doença será permanente para esses públicos durante todo o ano, e não apenas durante a campanha anual.

Para o início da estratégia, o Programa Estadual de Imunizações já recebeu, do Ministério da Saúde, 260 mil doses do imunizante que protege contra a influenza A (H1N1), A (H3N2) e influenza B. A meta é vacinar, pelo menos, 90% desses públicos.

A administração pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia grave após doses anteriores.

Estados e municípios podem começar a vacinar assim que receberem as doses

Apesar de o início oficial da vacinação estar marcado para o dia 7 de abril, o Ministério da Saúde recomenda que Estados e municípios iniciem a estratégia assim que receberem as doses do imunizante.

A medida do órgão federal visa promover a proteção permanente contra a gripe, especialmente no período de maior circulação do vírus, entre os meses de março e setembro. O Dia D de mobilização nacional será em 10 de maio.

A nova estratégia está em processo de implementação, pelo ministério, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Em Pernambuco, estima-se vacinar 1.426.907 idosos, 87.121 gestantes e 816.358 crianças de 6 meses a menores de 6 anos.

Eficácia da vacina

Estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos aponta que, no Brasil e em mais quatro países da América do Sul, a vacinação contra a influenza reduz em 35% o risco de hospitalização associada ao vírus entre grupos de alto risco.

Para pessoas com comorbidades, a redução foi de 58,7%.

Já para crianças pequenas e idosos, a redução foi de 39% e 31,2% respectivamente.

Municípios pernambucanos orientados sobre a campanha

O Programa Estadual de Imunizações já encaminhou o informe técnico sobre o assunto para os municípios pernambucanos e as doses recebidas, nessa primeira remessa, serão encaminhadas nos próximos dias para as doze Gerências Regionais de Saúde (Geres), onde ficarão a disposição dos gestores municipais.

Outros grupos populacionais, como profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade e pessoas com doenças crônicas ou deficiências, continuarão a receber o imunizante em estratégias especiais (durante a campanha sazonal).

Neste ano, o grupo formado por trabalhadores dos Correios foi incluído como elegível para vacinação contra a gripe.

"A vacina da influenza pode prevenir formas graves da doença, óbitos, internações e a sobrecarga nos serviços de saúde, além de minimizar sintomas que podem ser confundidos com outras doenças respiratórias", reforça a superintendente de Imunizações da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Magda Costa.

"Além disso, sabemos que o período de sazonalidade que se aproxima. Então, é importante proteger as pessoas, especialmente os mais vulneráveis, como crianças, gestantes e idosos", acrescenta. 

Confira os grupos prioritários para a campanha de vacinação contra gripe: 

  • Puérperas;
  • Povos indígenas;
  • Quilombolas;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Trabalhadores da Saúde;
  • Professores do ensino básico e superior;
  • Profissionais das Forças de Segurança e Salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso;
  • Trabalhadores Portuários;
  • Trabalhadores dos Correios;
  • População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independentemente da idade.

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