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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
FEVEREIRO LARANJA

Leucemia: mais de 11 mil novos casos podem surgir em 2025

Campanha Fevereiro Laranja conscientiza sobre a importãncia do diagnóstico precoce da leucemia e reforça a importância da doação de medula óssea

Cadastrado por

Maria Letícia Menezes

Publicado em 19/02/2025 às 11:12
A leucemia aguda exige tratamento hospitalar com quimioterapia intravenosa - Reprodução/Freepik

A leucemia, um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil, é tema da campanha Fevereiro Laranja, que busca aumentar a conscientização sobre a doença e a importância da doação de medula óssea.

Estima-se que até o final de 2025, o Brasil registre 11.540 novos casos de leucemia. Os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A médica hematologista Dahra Teles, do Núcleo de Oncologia do Agreste de Pernambuco (NOA), em Caruaru explica que mbora não seja possível prevenir a doença, os avanços no tratamento têm elevado as taxas de cura.

Qual a causa da leucemia?

A leucemia se origina nas células-tronco da medula óssea, afetando o sistema hematológico e comprometendo a produção de células sanguíneas saudáveis.

Dahra Teles explica que a multiplicação descontrolada das células-tronco gera um excesso de leucócitos (glóbulos brancos), interferindo na produção de células vitais como os glóbulos vermelhos e as plaquetas.

“Ao se multiplicarem de maneira anormal e descontrolada, as células-tronco da medula óssea geram leucócitos em excesso, o que interfere na produção de outras células vitais, como os glóbulos vermelhos e as plaquetas”, esclarece a especialista.

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Sintomas

O diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento funcione, por isso é importante estar atento aos sinais da leucemia, que podem incluir:

A médica alerta sobre a importância de buscar assistência médica diante de sintomas relacionados à anemia, como a plaquetopenia (redução de plaquetas no sangue) e leucopenia (baixa de leucócitos).

Tipos de leucemia

A leucemia pode ser classificada em dois tipos principais: aguda e crônica. A forma aguda avança rapidamente, enquanto a crônica se desenvolve de maneira mais lenta.

No caso da leucemia crônica, algumas formas não necessitam de tratamento imediato, e, quando necessário, a quimioterapia é menos agressiva, podendo até ser administrada de forma oral. Já a leucemia aguda exige tratamento hospitalar com quimioterapia intravenosa.

“A quimioterapia intravenosa costuma provocar efeitos colaterais mais intensos, como fraqueza, queda de cabelo e necessidade de transfusões. No entanto, a chance de cura é maior nesse caso”, afirma a hematologista Dahra Teles.

Doação de medula óssea

O transplante de medula óssea geralmente é a última uma alternativa para muitos pacientes. A medula óssea é um líquido presente dentro dos ossos, onde o sangue é produzido e possui características únicas.

"Como é muito raro encontrar pessoas com as mesmas propriedades, o cadastro no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) é fundamental”, destaca a especialista.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 5 milhões de doadores cadastrados, mas ainda há cerca de 650 pacientes à espera de um doador não aparentado.

Como doar medula óssea

Para se cadastrar, é necessário ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado de saúde e não ter doenças infecciosas ou condições como câncer.

Após o preenchimento de um formulário e a apresentação de um documento com foto, realiza-se a coleta de 5 ml de sangue para tipagem e exame de compatibilidade genética.

A coleta é indolor e não requer internação. A regeneração da medula óssea ocorre rapidamente após o procedimento, o cadastro não significa que haverá doação imediata.

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