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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
saúde mental

Vício em jogos atinge 2 milhões no Brasil; veja como reconhecer os sintomas

Dependência em jogos compromete finanças e relações pessoais; entenda os sinais de alerta e a importância do apoio profissional

Cadastrado por

Maria Clara Trajano

Publicado em 21/01/2025 às 11:57
Exemplo de bet, site de aposta online, no Brasil - Bruno Peres/ DIVULGAÇÃO Agência Brasil

O fácil acesso a jogos online e apostas tem ampliado os casos de compulsão, um problema que atinge cerca de 2 milhões de brasileiros, segundo o Departamento de Psiquiatria da USP.

Dados do Instituto Locomotiva apontam que 52 milhões de pessoas no país já apostaram ao menos uma vez, enquanto o mercado de apostas esportivas deve movimentar até R$ 130 bilhões em 2024, segundo a Strategy&, consultoria estratégica da PwC.

Entre as classes D e E, que possuem orçamentos mais limitados, o impacto financeiro é ainda maior. De acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, 63% dos apostadores declararam que as apostas comprometeram seu equilíbrio financeiro.

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"Esse é um dado extremamente preocupante, porque quem mais gasta com os jogos são pessoas com menos recursos. Muitas vezes, na expectativa de uma renda extra, comprometem o orçamento pessoal e chegam a perder, literalmente, o dinheiro do supermercado", explica o psicólogo Cristiano Costa, diretor de conhecimento da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo).

Os principais sinais de compulsão por jogos

Reconhecer os sinais de compulsão é essencial para prevenir maiores prejuízos pessoais e financeiros. Confira os cinco principais indicativos:

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O papel da família e do apoio profissional

A compulsão por jogos é frequentemente utilizada como uma fuga de conflitos internos ou uma tentativa de ganho financeiro rápido.

"A principal característica da compulsão é a perda de controle. Quando o indivíduo não consegue parar, mesmo com prejuízos evidentes, estamos diante de um comportamento de risco", alerta Costa.

Para o especialista, a busca por ajuda profissional e o apoio da família são cruciais. "O compulsivo muitas vezes não percebe o impacto do jogo em sua vida, mas a família pode incentivar o tratamento e contribuir para o comprometimento com a recuperação", afirma.

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