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NOVEMBRO AZUL

Exame de toque para câncer de próstata é essencial; análise sanguínea não é suficiente

Exame digital retal, realizado pelo médico, é essencial para detectar alterações na próstata e deve ser feito junto ao exame de sangue PSA

Cadastrado por

Maria Letícia Menezes

Publicado em 09/11/2024 às 0:26
Imagem mostra fita azul utilizada no mês de novembro para conscientização sobre a saúde masculina e câncer de próstata. - Reprodução

O exame de toque digital permanece indispensável no diagnóstico precoce do câncer de próstata, apesar do avanço em exames laboratoriais, como a dosagem do antígeno prostático específico (PSA)

O PSA, do inglês Prostate Specific Antigen, é um indicador auxiliar importante, mas não substitui o exame físico, que permite aos médicos detectar alterações diretamente na glândula prostática.

O médico patologista Adagmar Andriolo, professor titular de Clínica Médica e Medicina Laboratorial da UNIFESP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML), afirma que o PSA e outros marcadores são ferramentas complementares.

"Em relação ao exame digital e à medida do PSA, um não exclui o outro, portanto, os dois recursos devem ser realizados inicialmente, até mesmo para detectar, precocemente, a presença de câncer", explica  Andriolo.

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Quem deve fazer o exame de toque?

Para reduzir os riscos de diagnóstico tardio, o exame de toque e o PSA são recomendados para grupos específicos:

Especialistas orientam que todos os homens acima dos 50 anos consultem um urologista para avaliação da saúde prostática, principalmente aqueles com histórico familiar de câncer de próstata.

Nos casos em que parentes próximos, como irmãos ou pais, foram diagnosticados antes dos 50 anos, a recomendação é iniciar a avaliação mais cedo.

O médico alerta que, embora o exame de toque possa ser desconfortável para muitos, ele é essencial para reduzir o risco de diagnósticos falsos negativos e guiar a necessidade de exames adicionais, como a biópsia.

Uso dos exames de sangue

Nos últimos anos, a eficácia do PSA como triagem populacional foi amplamente discutida e chegou a ser desencorajada por algumas entidades médicas internacionais.

“Essa decisão foi baseada na elevada taxa de resultados falso-positivos do PSA, que geravam muitas biópsias desnecessárias", explica Dr. Andriolo.

Hoje, segundo ele,recomenda-se uma avaliação de risco individual antes da solicitação do PSA, com exame digital e imagem como passos complementares antes de decidir por uma biópsia.

CONFIRA NO YOUTUBE: O que devemos saber sobre câncer de próstata e além dele

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