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Endometriose e câncer de ovário: diagnóstico precoce e tratamento imediato podem salvar vidas

O médico ginecologista do Hospital Jayme da Fonte, Dr. Waldemy Carvalho, ressalta que o diagnóstico precoce contribui com a qualidade de vida das mulheres.

Por Sharon Baptista Publicado em 13/03/2024 às 6:00

Entender o universo da saúde feminina é explorar complexidades que impactam a vida de milhões de mulheres em todo o mundo. Duas condições que merecem atenção especial são a endometriose e o câncer de ovário, doenças que afetam o sistema reprodutivo.

A endometriose é uma condição inflamatória crônica que afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva. Ela pode causar dores intensas e interfere na qualidade de vida das mulheres.

Ao mesmo tempo o câncer de ovário, muitas vezes silencioso em seus estágios iniciais, é um dos cânceres ginecológicos mais graves. O câncer de ovário ocupa a 5° posição entre os cânceres mais comuns em mulheres e é a principal causa de óbitos relacionados a câncer ginecológico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 300.000 mulheres recebem o diagnóstico de câncer de ovário todos os anos. 

Para o Dr. Waldemy Carvalho, médico ginecologista do Hospital Jayme da Fonte, os primeiros sinais de câncer de ovário são:

  • Dor abdominal
  • Distensão abdominal
  • Gases
  • Desconforto
  • Cólicas
  • Empachamento
  • Pode ter diarreia
  • Perda de peso repentina
  • Perda do apetite
  • Cansaço

Guga Matos/JC Imagem
Dr. Waldemy Carvalho, médico ginecologista do Hospital Jayme da Fonte, explica que as pacientes com endometriose, se tiverem acompanhamento médico, podem engravidar - Guga Matos/JC Imagem

Para se ter a certeza do diagnóstico, é necessário realizar uma ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética computadorizada. Dr. Waldemy diz que a cura está muito relacionada ao tempo do diagnóstico e o tratamento, ou seja, quanto antes identificar, melhor será para tratar e curar. 

"Se é diagnosticado no início mesmo, bem localizado ali, a cura atinge até os 95%. Quando passa disso, pode estar abaixo de 50%. Dependendo do tipo de tumor, se é epitelial, germinativo ou estromal. Então, essas pacientes, quando detectam esses tumores malignos, realizamos a cirurgia e a quimioterapia venosa para avaliar o tumor", pontua.

O que pode causar o câncer de ovário? 

O câncer de ovário é uma condição multifatorial, no entanto, alguns fatores de risco foram identificados como possíveis contribuintes. Mulheres que têm histórico familiar de câncer de ovário, especialmente se ocorreu em parentes de primeiro grau, podem ter um risco aumentado. Além disso, mutações genéticas hereditárias, como as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, estão associadas a um risco elevado de câncer de ovário.

Fatores hormonais também desempenham um papel, como o uso prolongado de terapias hormonais após a menopausa e a ausência de gravidez ao longo da vida. A idade avançada é outro fator, pois o risco de câncer de ovário aumenta com a idade.

Reprodução/Envato Elements
Dor e distensão abdominal, cólicas, empachamento, perda de peso sem explicação, perda do apetite, cansaço, são alguns dos sintomas que podem caracterizar o câncer de ovário - Reprodução/Envato Elements

Sobre os estágios do câncer de ovário, o ginecologista diz que no começo, por exemplo, o câncer está em um ou em ambos os ovários. "No segundo estágio, a doença está espalhada na própria pélvica. No três, além da pélvis, atinge o peritônio e no estágio quatro, é outro jogo independente ali do abdômen. Por exemplo, pode ter no fígado, pode ter no pulmão e etc", diz o ginecologista que atende no Hospital Jayme da Fonte.

O câncer de ovário pode ter cura. Tudo depende do tempo diagnóstico do tratamento. "Se é diagnosticado no início mesmo, a cura atinge até os 95%. Dependendo do tipo de tumor, se é epitelial, germinativo, se ele é estromal. Então, nesses casos, essas pacientes, quando detectam esses tumores malignos, se realiza a cirurgia e se realiza também a quimioterapia venosa e avaliar o estadiamento do tumor, sem dúvida alguma.

Causas e sintomas da endometriose

"A endometriose nada mais é do que o tecido que se localiza dentro da cauda uterina, ou seja, no endométrio, e está fora dele, então pode estar na bexiga, intestino e trompas anexado na parede externa do útero. A menstruação retrógrada, em que há sangue menstrual e tecido endometrial e que são expelidos através das trompas pode ser uma das causas", diz Dr. Waldemy Carvalho.

Os sintomas principalmente são dores pélvicas, que se acentuam no ato sexual ou no período menstrual. Então, o principal sintoma é a dor e um certo desconforto. Para se confirmar se é mesmo endometriose, é importante que a paciente faça exame de ultrassom, ressonância magnética e tomografia. Com o diagnóstico confirmado, se inicia o tratamento mais indicado.

Reprodução/Revista ABM Saúde
Os tipos de endometriose mais comuns são a peritoneal, ovariana ou cistos. - Reprodução/Revista ABM Saúde

Dor da endometriose X cólica 

A endometriose e a cólica menstrual são duas condições diferentes, mas ambas estão relacionadas ao ciclo menstrual e podem causar dor abdominal em mulheres. 

A cólica menstrual ocorre devido às contrações do útero para expelir o revestimento uterino durante a menstruação. A dor. normalmente, é de menor intensidade.

A liberação de substâncias, chamada de prostaglandina, também desempenha um papel na intensificação da dor, causando contrações mais fortes e redução do fluxo sanguíneo para o útero.

"Suspeitando de endometriose ou de uma cólica normal se fazem exames complementares, que é a ultrassom, a ressonância e a tomografia", pontua Dr. Waldemy.

A endometriose é uma condição em que o tecido semelhante ao revestimento do útero (endométrio) cresce fora do útero, geralmente na cavidade pélvica. Esse tecido pode se fixar nos ovários, trompas de falópio, bexiga, intestinos e outras áreas.

A dor na endometriose ocorre devido à irritação e inflamação causadas pelo sangramento mensal desses crescimentos de tecido fora do útero. Isso pode levar à formação de aderências e cicatrizes, causando desconforto e dor crônica.

A endometriose tem cura e tratamento. A depender do grau de complexidade de cada paciente, o tratamento pode ser realizado via medicamentos e cirurgias, além do tratamento hormonal pós cirúrgico para prevenir a recorrência.

A endometriose complica as chances de engravidar?

"Sem dúvida, se você tiver endometriose no início, pequenos focos, diagnosticado também, até na laparoscopia, a chance de engravidar é boa e o risco depois de engravidar e ter um aborto é mínimo. Quando a endometriose é intensa, às vezes dificulta a paciente de engravidar, mas normalmente com os exames clínicos, laboratoriais e um diagnóstico preciso, melhoram as chances da paciente", afirma o médico ginecologista do Hospital Jayme da Fonte, Dr. Waldemy Carvalho.

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