Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
Greve

Ferroviários de São Paulo aprovam greve contra privatização de linhas da CPTM

A decisão foi tomada em assembleia, realizada na noite de quinta-feira (20), e afetará as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade

Cadastrado por

Giovanna Lopes

Publicado em 21/03/2025 às 15:36
Governo de São Paulo planeja investir R$ 14,3 bilhões na privatização da CPTM - DIVULGAÇÃO

Os ferroviários de São Paulo decidiram entrar em greve a partir da meia-noite do dia 26, em protesto contra a privatização das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A paralisação foi aprovada em assembleia na noite da última quinta-feira (20) e deve afetar milhões de passageiros na Grande São Paulo.

A greve tem como principal objetivo impedir o leilão das três linhas, programado pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a próxima semana. O edital prevê um investimento de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos de concessão.

Além da paralisação, os ferroviários também formarão uma comissão de negociação e realizarão um ato público no dia 25, às 9h, em frente à B3 (Bolsa de Valores), em São Paulo. O sindicato declarou que a greve só será encerrada caso o governador cancele oficialmente o leilão.

Impacto para a população e mudanças previstas no projeto

A paralisação deve afetar o funcionamento das linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. Juntas, essas linhas atendem regiões populosas da Grande São Paulo, incluindo bairros da capital e cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos, impactando milhões de passageiros.

O plano de privatização prevê melhorias na infraestrutura ferroviária, incluindo a construção de oito novas estações, reformas em outras 24, eliminação de passagens em nível e redução do tempo de espera entre os trens. Além disso, há projetos de expansão:

O governo de São Paulo destaca que três grupos empresariais estudam a concessão e que a iniciativa privada já opera as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. No entanto, essas linhas têm sido alvo de investigações do Ministério Público devido a falhas e acidentes recorrentes desde a concessão para a ViaMobilidade.

O sindicato alertou que, caso haja demissões por conta da paralisação, a greve pode se prolongar indefinidamente. A categoria reivindica garantias para os trabalhadores e critica o modelo de privatização, apontando problemas nas linhas já concedidas.

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