O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron teve, nesta sexta-feira (22) o seu dia de Edson Barreirinhas, secretário da Receita Federal. É verdade que não gerou - como o seu colega, um vídeo do deputado Nicolas(PL-MG) com 300 milhões de visualizações como o caso do PIX – mas obrigou ao ministro Fernando Haddad também a anunciar uma Medida Provisória para abrir um crédito suplementar para o Plano Safra 2025 depois que o governo detectou uma onda de críticas por ele suspender o principal instrumento de crédito rural do país.
Pelo menos até agora, a oposição não editou um vídeo nas redes sociais criticando a decisão de Rogério Ceron que na quinta-feira (20) comunicou aos bancos a suspensão de novas contratações de financiamentos subvencionados. Grosso modo, pode-se dizer que o Plano Safra é o PIX do setor rural é ele quem sustenta o sucesso da safra agrícola brasileira. A suspensão em volumes financeiros muito maiores causa o mesmo impacto negativo que o PIX para os micro, pequenos e MEI.
Erro no anúncio
E assim como Edson Barreirinhas da Receita Federal, o problema está na forma de comunicação burocrática que obrigou ao presidente Lula mandar o ministro Fernando Haddad se apressar em atender ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma “solução imediata para o problema”.
A solução foi abrir um crédito extraordinário cujo valor estará sujeito aos limites do arcabouço fiscal, mas que prejudica de novo a imagem do governo. E é aí que o gesto fala por si. Se era para em menos de 24 horas o ministro passar pelo constrangimento de atender a um pedido do presidente, por qual razão Rogério Ceron fez a suspensão gerando mais um ruído para o governo agora no agronegócio?
Culpa do Congresso
Pode-se dizer que como o congresso não aprovou o orçamento de 2025 a secretaria do Tesouro precisa tomar providências para que o caixa da União pague as despesas do dia do governo. Mas a notícia da suspensão pela STN e a determinação no dia seguinte do ministro da Fazenda desmoraliza o governo.
Também se pode dizer que a determinação de Rogério Ceron (assim como a de Barreirinhas) foi um procedimento técnico, mas a questão continua. Se era para passar por cima da STN, porque o ministério da Fazenda não foi avisado de suas consequências.
Mesmo erro
Esse parece ser mesmo um problema que o governo Lula não consegue resolver e a pasta que mais está pagando mico é a de Fernando Haddad que a todo o momento está tendo que explicar suas atitudes. E de novo porque tem que mandar uma MP apenas para não pedir o aval formal do Tribunal de Contas da União (TCU) para o pagamento da subvenção antes da aprovação do Orçamento, como havia informado Haddad mais cedo nesta sexta-feira.
Para quem acha estranho esse comportamento errático do ministério da Fazenda é importante esclarecer que o que a STN foi obrigada a fazer é um ato burocrático em função da legislação. Ela diz que se o OGU não for aprovado, o governo tem que restringir os desembolsos ao mínimo necessário para manter a máquina funcionando.
Explica mal
Essa explicação seria suficiente se fosse feita antes e poderia ser uma forma de pressionar o Congresso a aprovar o OGU 2025. Até porque isso já deveria ter sido feito ano passado.
Mas quando o secretário do Tesouro age como burocrata e simplesmente manda um ofício enviado às 25 instituições financeiras que operam recursos informando que houve “aumento relevante dos gastos” por conta da forte elevação da Selic.E que a alta dos juros impacta os custos de captação dos bancos e aumenta a diferença que o Tesouro precisa cobrir entre a taxa final paga pelo agricultor e o custo do dinheiro, mais o “spread” dos bancos, esquece (ou não consegue ver) o impacto político disso.
O problema é não suspender os desembolsos do Plano Safra. O problema é anunciar isso e depois vir o ministro da Fazenda apresentar uma solução de emergência e ainda com o discurso de que o presidente Lula pediu “solução imediata para o problema”.
Presidente manda
Ora, o presidente da República não pode determinar. E quando faz isso desmoraliza o seu ministro da Fazenda que mais uma vez passa o atestado de que não sabe o que sua equipe faz e muito menos avalia as consequências políticas de determinadas ações.
E quando não faz isso dá margem para uma chuva de críticas como a da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) dizendo que a suspensão não se deve à falta da aprovação do orçamento de 2025 ainda em tramitação no Congresso Nacional, “mas ao aumento da taxa Selic de 10,50% em julho de 2024 para 13,25% em janeiro de 2025, impulsionado pela falta de responsabilidade fiscal do governo e pela desvalorização da moeda.”
Emprego sobrando
Com expectativa de um volume de investimentos de R$600 bilhões entre 2025 e 2028, o setor da construção civil trabalha cada vez mais num cenário de falta de mão de obra qualificada que pode comprometer a execução desses projetos.
A contratação de profissionais representa, em média, 30% do total investido em grandes empreendimentos industriais no Brasil. E atualmente o custo médio da mão de obra gira em torno de R$120 por hora trabalhada. Ou seja, a cada R$1 bilhão investido no setor demanda cerca de 2,5 milhões de horas de trabalho.
Atualmente, o Brasil conta com 2,9 milhões de trabalhadores formais no setor de construção industrial, o que representa 6,5% do total de trabalhadores com carteira assinada no país. Esse cenário resulta em uma alta taxa de turnover, estimada em 1,7 vezes ao ano.
Diante desses desafios a indústria passou a se industrializar e mecanizar processos para reduzir a dependência de mão de obra. O segmento de obras industriais e corporativas não tem informalidade já que uma empresa se não tiver 100% formalizada não consegue colocar um funcionário no site de uma empresa contratante.
Cidade Limpa
Uma pesquisa nacional divulgada nesta semana, pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), revela as cidades brasileiras com melhores índices de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU), no Brasil no ano de 2024 com uma pontuação de 0,683. O recife vem a seguir com 0,682. A seguir vem Maceió 0,587; Natal 0,583, Salvador 0,582, João Pessoa 0,539 e Caruaru 0,633.
O Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana é uma ferramenta estatística que tem como principal objetivo mensurar o grau de aderência dos municípios brasileiros às diretrizes e metas da Lei Federal n° 12.305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
Que calor
A busca por ventiladores, ar-condicionado e climatizadores cresceu 125% entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, segundo dados do Linx Impulse, um sistema de busca inteligente e vitrine personalizada para e-commerce. O termo "ar-condicionado" se destacou, registrando um crescimento expressivo de 243% nas buscas no mesmo período.
Renegociação
A partir desta segunda-feira (24) pessoas endividadas que preferem atendimento presencial podem ir a qualquer agência dos Correios para renegociar suas dívidas com descontos especiais na plataforma Limpa Nome. O mutirão nacional de combate à inadimplência recebeu o reforço dos Correios, que se une à Serasa, Febraban e mais 1.456 empresas que oferecem descontos de até 99%, parcelamento de até 72 vezes e a possibilidade de limpar o nome e aumentar a pontuação do Serasa Score na hora.
Loja da Iguí
Liderada pelo franqueado Porfírio João de Oliveira Júnior, a partir do dia 25, o Recife terá nova Loja iGUi - líder global na produção e comercialização de piscinas pré-fabricadas localizadas na Avenida Domingos Ferreira, 4.150, Boa Viagem.
A unidade vai oferecer produtos e serviços com tecnologia e modernidade para aliviar as altas temperaturas da região. Porfírio Júnior iniciou sua trajetória empreendedora ao assumir a loja Splash (outra marca da Rede) na Avenida Abdias de Carvalho por influência de seu irmão que já era um franqueado da Rede.
Concessão de João
A Prefeitura do Recife e a concessionária Viva Parques Recife assinaram o projeto de concessão de gestão, manutenção e operação dos parques da Jaqueira, Santana, Apipucos e Dona Lindu. O modelo prevê um investimento de R$413 milhões ao longo de 30 anos, assegurando melhorias nesses espaços públicos sem custos adicionais para a população.
A concessão, que começa a valer a partir do dia 10 de março, foi viabilizada por meio de licitações realizadas em 2024 e assinadas em outubro pela empresa Viva Parques Recife são um avanço extraordinário para a cidade. Ela mantém o caráter público dos parques e garante a continuidade dos eventos promovidos pela Prefeitura do Recife, conforme estabelecido pela Lei Municipal nº 18.824/2021.
E certamente o PSB - que fez um grande barulho nas audiências quando do debate da concessão da Compesa - não vai repetir o mesmo comportamento com um correligionário. Aliás, até agora ninguém ouviu qualquer crítica do partido à concessão do prefeito para gestão dos parques.