No país que se orgulha de está empreendendo um dos maiores sistemas de geração de energia distribuída do mundo tendo agregado até 2024 a marca de 33 GW e apresentando uma projeção de mais de 49 GW em 2029 - segunda maior fonte de geração no país - a memória de uma perturbação (o governo Lula insiste em não chamar o evento de apagão) no sistema elétrico brasileiro, em 15 de agosto de 2023, ainda assusta técnicos do Ministério das Minas e Energia.
Nesta seguna-feira (10) o ONS se apressou em esclarecer que não existe “risco iminente de apagão no Brasil” depois que uma nota do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo alertou para a sobrecarga em subestações de transmissão de energia elétrica decorrente do aumento da Micro e Minigeração Distribuída.
Excesso de geração
Não existe mesmo. Na verdade, o Brasil tem hoje um excesso de geração de energia. Ano passado essa capacidade totalizou 230,5 GW, dos quais aproximadamente 46,9% são de usinas hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 21,0% são de usinas eólicas e solares.
Para o final de 2028, estima-se que a capacidade instalada totalize 251,6 GW, sendo que desse montante aproximadamente de 57,6 GW serão de usinas eólicas e fotovoltaicas centralizadas. O número deve chegar a 270,4 GW em 2028 e a participação de usinas eólicas e fotovoltaicas centralizadas chegará a valores de 79,8 GW se for considerado as empresas com o Contrato de Uso do Sistema de Transmissão.
Energia demais
É energia demais, como o dia a sabedoria popular rapadura é doce, mas não é mole. E no setor elétrico isso quer dizer que o ONS já identificou problemas para atendimento à carga e para o escoamento de geração em 502 empreendimentos necessários para garantir a operação dentro dos critérios estabelecidos pelo ONS nos próximos dois anos.
Desse total, 64 estão sem outorga, 136 estão sem licença ambiental e 302 estão em andamento. O gestor propôs a implantação de 56 novos Sistemas Especiais de Proteção.
É aí que entra a questão da tal Micro e Minigeração Distribuída que movimenta uma animada indústria de serviços de instalação com o discurso de o consumidor gerar sua própria energia pagando apenas o uso do fio da distribuidora que se oferece para comprar o que ele gerar nos paineis de seu teto descontando o consumo que ele faz a noite.
Plano da Operação
O Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo aborda uma das principais transformações no planejamento e operação do Sistema Integrado Nacional que foi o aumento da participação da MMGD que impôs desafios consideráveis à operação do sistema elétrico, dentre os quais destacam-se a necessidade de maior flexibilidade operativa, a gestão de restrições na rede de transmissão e o suporte para o desempenho dinâmico do sistema.
Porque o sistema não foi desenhado para ter tantos atores entrando e saindo ao longo do dia. Uma das causas da “perturbação” como classifica o ONS foi exatamente a não existência de sistemas robustos para aguentar essa geração. O evento de agosto de 2023 foi balizador porque o ONS ajustou esses modelos e desencadeou diversos estudos e ações para estabelecer novas regiões operativas seguras, como a redução dos limites de intercâmbio e a inclusão de novas restrições locais. E como consequência aumentando os níveis de proteção (curtailment) dos geradores para manter a confiabilidade do SIN.
Eólica e solar
O problema é levar toda energia (eólica e solar gerada em parques especialmente no Nordeste) onde existe linha de transmissão. Apenas o conjunto de obras indicado pelo Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo perfaz cerca de 1.260 km de novas linhas de transmissão e 14.750 MVA de novos transformadores em subestações novas e existentes ao custo de R$7,6 bilhões.
Uma das principais conclusões neste cenário de expansão da geração conectada diretamente às redes de distribuição é a necessidade de as distribuidoras (O ONS as chamadas de agregadores) assumirem um papel mais ativo, atuando como operadores dos sistemas de distribuição e de forma coordenada com o ONS.
Demanda do cliente
Até porque está se desenhando um novo tipo de consumidor altamente demandante de energia elétrica que são os projetos de Hidrogênio Verde e Data Centers, apresenta oportunidades mas são desafios para o Setor Elétrico Brasileiro.
A questão é um dos temas mais sensíveis hoje entre os empresários que produzem energia solar e eólica no Nordeste uma vez que quando se observa no painel com pontos de conexão disponíveis na rede de transmissão até 2029 lançados pelo ONS e que permite localizar onde esses investimentos estão sendo feitos em 2023 e 2024 fica claro que a maioria das 115 melhorias de grande porte feitas nos planos de outorgas da transmissão se deram no Sudeste, Sul e Centro Oeste (70,25%) e apenas 29,75 no Nordeste.
Nordeste gerador
Ou seja: o Nordeste que detém 80.66GW da capacidade de geração de energia limpa virou um grande exportador de energia para as regiões mais ricas, exportando 19,99 GW e perpetuando a condição de menos desenvolvida, sustentando as mais desenvolvidas.
Essas cargas, que variam de centenas de MW a unidades de GW, tendem a apresentar um perfil de consumo constante ao longo do dia, sem modulação, e possuem intenção de se conectarem nos próximos anos, dentro do horizonte de 2029.
No entanto, a integração desses grandes blocos de carga exige um planejamento cuidadoso devido a uma série de desafios complexos, que envolvem aspectos tecnológicos, operacionais, de planejamento, financeiros, regulatórios e de formulação de políticas públicas.
Internet segura
Hoje é o Dia Internacional da Internet Segura, celebrado no dia 11 de fevereiro e que a cada ano acende alerta para o mercado de cibersegurança mundial. O relatório “Global Cybersecurity Outlook 2025”, divulgado em janeiro pelo Fórum Econômico Mundial aponta que, apesar de 66% das organizações preverem que a IA terá um impacto significativo na segurança cibernética, apenas 37% admitem ter capacidade de avaliar a segurança das ferramentas antes da sua implementação.
Os cinco maiores ataques na internet são o Ransomware ciberataque que bloqueando o acesso aos dados para exigir pagamento de resgates; o Phishing e deep fakes que com a ajuda da IA faz a criação de deepfakes e mensagens personalizadas para enganar usuários e roubar credenciais. Ataques a APIs focado em empresas que migraram para a nuvem sem protocolos de segurança adequados; Vazamento de dados que facilita invasões de contas e fraudes e os ataques à cadeia de suprimentos quando hackers exploram fornecedores para atingir empresas maiores, comprometendo softwares e infraestrutura.
Solar da Kroma
A empresa pernambucana Kroma Energia fixou na última sexta-feira(7) a Pedra Fundamental do Complexo Fotovoltaico Arapuá localizado no Vale do Jaguaribe, no Ceará. Ao todo, a Kroma prevê um investimento de R$800 milhões, além de geração de emprego e renda, com expectativa de 800 a 1000 empregos diretos e indiretos, promovendo impacto econômico significativo na região. O empreendimento conta com a parceria da Goener.
Placa de venda
Após a homologação do plano de recuperação judicial pela 14ª Vara Cível de Recife na última sexta-feira (7) o Grupo João Santos poderá avançar na negociação de ativos imobiliários considerados não estratégicos para a sua principal atividade, a indústria do cimento. Vai leiloar três ativos pertencentes ao patrimônio da Companhia Agroindustrial de Goiana (CAIG), razão social da Usina Santa Tereza. O parque industrial, as terras agricultáveis para a cana-de-açúcar e a área que fica nas margens da BR-101 ao redor da Jeep Goiana. O objetivo é alcançar ao menos R$920 milhões para pagar as indenizações trabalhistas dos ex-funcionários e o empréstimo DIP celebrado com a gestora ARC Capital e no acordo celebrado com a PGFN.
Energia mais barata
A Neoenergia está dando uma força para reduzir ainda mais a conta de energia do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), no Recife. Após instalar uma usina solar no prédio da unidade de saúde, em 2023, a distribuidora entregou um conjunto de baterias para armazenamento de energia com baterias da chinesa CATL, Investimento total foi R$ 4,9 milhões, sendo R$ 1,4 na usina solar e R$ 3,5 no conjunto de baterias de lítio.
O projeto tem parceria da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, que colaborou e acompanhou o projeto básico e o comissionamento. O Sistema de Armazenamento de Energia (BESS) armazena a energia gerada durante o dia pela usina eólica e injeta a noite no horário de pico quando a energia custa mais caro.
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A espanhola Aena, que atende os 17 aeroportos no país e está presente em nove estados de quatro Regiões, abriu concorrência para oferecer espaços. Que projetos focados na comunicação de forma estratégica e integrados, como elemento capaz de melhorar a experiência do passageiro. A concorrência inclui marketing de experiência, mídia out of home (OOH), ações interativas, ativação de marca e novos conceitos de divulgação, com foco em inovação, criatividade, interação e novas tecnologias.
Mais Cimento
A indústria do cimento comemora o início de ano com desempenho de vendas favorável totalizando 5,2 milhões de toneladas, um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Votorantim com selo
O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que administra o único sistema independente de divulgação ambiental do mundo para que empresas, mercados de capitais, cidades, estados e regiões gerenciam seus impactos ambientais concedeu a Votorantim Cimentos, a pontuação ‘A’ na avaliação realizada pelo CDP (Carbon Disclosure Project).
Carona de ônibus
A BlaBlaCar, uma plataforma que conecta caronas de passageiros de ônibus e veículos de aluguel, registrou, em 2024, quase 18 milhões de deslocamentos em todo o país nos últimos 12 meses. As viagens de ônibus cresceram 150% sobre 2023, enquanto as de carona aumentaram 35% no mesmo período. A carona chegou a 5.281 municípios com pelo menos uma viagem oferecida. Já em ônibus, a cobertura aumentou 11% na comparação ao ano anterior, com quase duas mil cidades atendidas. O dia com mais viagens foi 14 de novembro, véspera do feriado da Proclamação da República.
Caixa na Ademi-PE
Nesta terça-feira, a Ademi-PE promove, às 12h30, na sua sede no Espinheiro, almoço dos associados com a Caixa Econômica Federal (CEF). Entre os palestrantes estão João Victor de Oliveira, superintendente executivo de Habitação; Bruno Montanha, superintendente executivo de Atacado, e Rodrigo Quental, gerente de Filial - Habitação da CEF no Recife.