No meio dos temas provocados por Donald Trump com discursos, declarações e assinatura de dezenas de decretos assinado com canetas de tinta grossa que destacam seu nome, a partir de sua posse na última segunda-feira (20) um chama a atenção relacionado à indústria de petróleo e gás por confrontar todo o conceito construído até agora da necessidade de transição de uma economia do carbono para o de energia renovável.
Trump chegou informando que estava saindo do Acordo de Paris e que estava recolocando em prioridade nacional dos Estados Unidos a extração e produção de petróleo e gás porque os Estados Unidos desejam usar sua condição de proprietários das maiores reservas provadas do mundo. E já no discurso de despedida da campanha ele detonou a indústria de geração eólica dizendo que está retirando todos os subsídios dados a ela.
Problema de ruído
Ele colocou em evidência uma questão social séria que já vem sendo posta nessa indústria que é a repercussão social nas propriedades onde estão instaladas as turbinas cujo ruído constante do giro das pás torna impossível a permanência de animais e fazendeiros no raio de influência de cada uma das turbinas.
Donald Trump após a posse assinou decretos desestimulando a produção de energia limpa ao mesmo tempo em que estimula a prospecção, extração, processamento e exportação, especialmente de derivados como diesel e gasolina. Naturalmente, dizendo eu o seu governo vai retaliar países que colocarem restrições ao uso de combustível fóssil.
Custo do pioneirismo
Para a indústria americana, pioneira na extração de petróleo no mundo e para a indústria automobilística que produz motores e modelos a combustão faz todo sentido.
Sua atitude é perfeitamente previsível até porque venceu as eleições nos estados do chamado cinturão da ferrugem que é o centro de produção de motores e veículos a diesel e gasolina a partir de um fato: o que os Estados Unidos vão fazer com essa reserva colossal de petróleo e gás num mundo que só quer saber de carro elétrico?
Jimmy Carter
Os Estados Unidos estão acordando para uma nova realidade política que começou lá atrás no governo Jimmy Carter quando fecharam um acordo para transferir sua indústria para a China e pagar salários baixos. Pouca gente lembra Carter e Deng Xiaoping assinando o acordo. Mas lembram da frase do líder chines no congresso do Partido Comunista Chines dizendo que “enriquecer é glorioso”.
Deng Xiaoping está no panteão dos grandes líderes da China ao lado do fundador Mao Tsé Tung e agora ao lado de Xi Jinping como os construtores da nova China que agora trabalha numa edição 2.0 da famosa Rota da Seda.
Chineses aprenderam
Quarenta anos depois os americanos percebem que os chineses que receberam máquinas e manuais de produção leram e interpretaram todo o conhecimento embarcado e naturalmente aprenderam a fazer do seu jeito enquanto continuavam a receber capital, fábrica de máquinas e professores universitários americanos para ensinar aos chineses.
Ah, cuidaram de traçar um projeto educacional de formar 300 mil engenheiros por ano para entender melhor todo o conhecimento que as indústrias americanas embarcavam em seus novos produtos. E eles foram bons alunos, naturalmente, reescrevendo esses produtos à luz da sua cultura e conhecimento gerado.
Energia suja
Eles também sujaram seu país usando energia suja produzida a base de carvão elevando a poluição a níveis absurdos até que decidiram mudar esse cenário fazendo a transição energética agora em moda no ocidente e isso tem a ver com petróleo e gás.
Talvez o melhor exemplo dos motivos que hoje assusta Trump e os magnatas do petróleo que não foram convidados para a primeira fila da posse do 47º presidente americano como o lideres das bigtechs, mas pagaram parte da festa é que os chineses se tornaram muito competitivos com seus carros elétricos que estão tomando o lugar do complexo construído há mais de 100 anos a base de motores a combustão.
Industria velha
Essa indústria .US sabe que perdeu a batalha dos carros elétricos e que precisa de um tempo e apoio político para brigar globalmente com a China num mercado que ironicamente foi descoberto por Elon Musk com a sua Tesla desdenhada pelo complexo de produção de carros a combustão e que hoje influencia o presidente nessa e noutras questões estratégicas.
As pessoas nem lembram, mas Musk que foi fazer parte de seus carros na China também foi visto como excêntrico quando apresentou os seus carros movidos a baterias de lítio. Assim como foram motivos de chacota nos salões automobilísticos internacionais os primeiros modelos da BYD chamados de toscos.
Bateria de rodas
O que o complexo global de carros a combustão não perceberam é que para a BYD um carro é apenas uma bateria de lítios que eles já fabricavam e vendiam para os americanos com quatro rodas. Não existe complexo de fornecedores de peças e motores a diesel e gasolina.
E o senhor Wang Chuanfu ao voltar desses salões fez apenas uma pergunta? Qual é o melhor design de automóvel do mundo? Vamos contratá-lo para desenhar nossos carros. A BYD contratou Wolfgang Egger, um designer proeminente da Audi.
Nova lógica
Os chineses mudaram a lógica no setor, abriram dezenas (a China tem ao menos 140 fábricas de carros elétricos de todos os tipos) novas empresas que fizeram ao país já ter metade do seu mercado interno eletrificado enquanto saíram literalmente espalhando carros “made in china” pelo mundo inclusive nos Estados Unidos da Tesla onde hoje ele tem 100% de taxa de importação.
Então faz todo sentido Trump tentar buscar um mercado para usar toda essa reserva que seu país guarda. Em algum ano ainda do século XXI a indústria de carros a combustão terá se reduzindo a fração do que já foi no passado e estará fazendo carro elétrico ou com motor a diesel e gasolina que vão consumir um quarto do que gastam hoje.
Foco no mercado
Trump se guia pelo mercado. O seu governo está a serviço do mercado e ele vai fazer tudo para encontrar mercado para o petróleo que os Estado Unidos guardam. Até para gerar energia fóssil para mover carros elétricos como fazem atualmente.
Então não tem segredo. O propósito de Trump é usar esse carbono enquanto ele tem valor. Não está preocupado em produzir energia limpa. Para ele, a transição energética é usar petróleo para mover seu complexo industrial ancorados em geração fóssil. O que explica seu apelo à OPEP para baixar o preço do petróleo elevando a produção.
Sonho cearense
Casa dos Ventos – a gigante brasileira de energias renováveis, fundada e liderada pelo empresário cearense Mário Araripe, anunciou a construção de um Data Center com investimentos de R$50 bilhões capaz de dobrar o consumo de energia elétrica limpa e renovável do Ceará. Sozinho consumirá 876 mil MW, ou seja, quase 1 gigawatt de energia eólica ou solar fotovoltaica – nada de origem fóssil como o gás natural, o óleo combustível ou o carvão mineral.
É uma aposta ousada. Estima-se que o Brasil todo tenha em torno de 500 MW de potência de data centers distribuídos em uns 50 data centers de maior porte. Construído o empreendimento teria quase o dobro da capacidade do Brasil todo. Data center é um grande consumidor de energia e um modelo de negócio que pode ter contratos de longo prazo. Araripe seria então o vendedor da energia que o projeto precisa.
Simples Nacional
MEIs, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (EPPs) têm até o dia 31 de janeiro de 2025 para regularizar suas dívidas junto à Receita Federal e garantir a permanência no regime do Simples Nacional. Existem mais de 1,8 milhão de empresas notificadas com débitos que somam R$26,7 bilhões. Quem não quitar as pendências será excluído do Simples Nacional a partir de 1º de fevereiro de 2025.
Connectoway
A empresa pernambucana de tecnologia Connectoway foi avaliada pela gigante chinesa Huawei como "Parceiro nível Excelente de Serviços" na classificação Enterprise e alcançou o primeiro lugar em todas as categorias de soluções ópticas.
Planos de saúde
Planos de saúde individuais e familiares terão reajuste anual máximo de 6,91%, valendo para o período entre maio de 2024 e abril de 2025 segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A modalidade individual de plano representa 15,6% dos 51 milhões consumidores de planos de saúde. Os demais planos equivalem a 84,4% e são pertencentes a planos coletivos .
Quase diesel verde
A Vibra, por meio da BR Aviation iniciou o abastecimento dos caminhões que atuam no Aeroporto Internacional de Guarulhos(SP) com a mistura combustível que contém o Diesel Renovável HVO (sigla em inglês para Óleo Vegetal Hidrotratado), também conhecido como Diesel verde.
A mistura combustível utilizada contém 10% de Diesel Renovável HVO e proporcionará uma redução de emissões de aproximadamente 80 toneladas de CO2 por ano. Mas não é Diesel R que a Petrobras produz na Replan(PR) com 5% de biodiesel. Mas já é um avanço.
Compet Soluções
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da Facepe prorrogou o prazo de inscrições para o edital Compet Soluções para 3 de fevereiro, quando os interessados devem enviar submissões de projetos, no sistema Agilfap, para estimular a inovação na indústria e gerar mais competitividade no Estado. O edital oferece R$2.240 milhões no Compet Soluções e vai selecionar até 16 projetos inovadores que ampliem a competitividade territorial do Estado.
Reforma no petróleo
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) considera que a Lei Complementar nº 214/2024, parte do conjunto de medidas da reforma tributária é importante , mas diz que o benefício fiscal para a gasolina e o diesel de um único agente do segmento na Zona Franca de Manaus é muito ruim.
Também reclama que não faz sentido incidência do imposto seletivo sobre as exportações de petróleo e diz que o regime monofásico para o gás natural processado e o biometano não traz os benefícios observados no caso dos combustíveis líquidos nem aumento da arrecadação além de trazer riscos substanciais de aumento de custos e bitributação.
Comida de Boteco
Gravatá, uma das cidades mais charmosas do interior de Pernambuco, recebe a primeira edição do Circuito de Comida de Boteco, promovido pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer em parceria com o SEBRAE/PE. O evento foi realizado até o dia 15 de março, promovendo uma imersão completa no universo da gastronomia de boteco, com a participação de 15 bares da cidade, proporcionando uma experiência única, cheia de sabor, cultura e tradição.
Elas da classe C
O balanço da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), registra crescimento de aproximadamente 10,5% em relação ao ano anterior. O faturamento chegou a R$204,3 bilhões, alta significativa impulsionada pela expansão contínua do comércio online no Brasil. O setor registrou 414,9 milhões de pedidos, com um ticket médio de R$492,40. Já o número de compradores online alcançou 91,3 milhões. A classe C destacou-se como a faixa econômica que mais fez compras virtuais, refletindo o crescente acesso à tecnologia e à inclusão financeira.