O governo do presidente argentino Javier Milei completou um ano sendo o centro das atenções de políticos da América Latina e até mesmo da Europa, releituras de economistas que previam seus desastre e uma curiosidade acentuada de instituições internacionais com os números apresentados e que fogem à expectativa dos resultados de modelos tradicionais embora conhecidos, mas não usados com sucesso.
É compreensível. Afinal, como esperar resultados positivos (inclusive políticos) de alguém que se apresenta afirmando tencionar fazer um gestão disruptiva das contas públicas, inverter a lógica clássica das negociações políticas e ainda mais rompendo o relacionamento tradicional com a mídia acostumada a ajudar a apoiar soluções criativas desde que não mexam com seu prestígio junto ao governo.
Milei prometeu
Talvez um caminho para a compreensão seja levar a sério aquilo que o próprio Milei prometeu ainda quando candidato de que seria como uma motosserra (e ele usou esse equipamento como imagem na campanha) fazendo um governo que cortaria despesas, privilégios decorrentes de décadas de acertos no Parlamento e defesa de um estado mínimo, portanto, muito mais barato que o pesado arcabouço que o Executivo argentino criou a partir do peronismo.
A novidade é que ele fez desmoralizar todas as previsões de analistas e estudiosos de economia que tentaram entender as propostas do novo presidente pela leitura de modelos clássicos e que, naturalmente, apontam perspectivas de insucesso.
Popularidade
Um ano depois Milei não só está cumprindo as promessas de campanha como tem uma inesperada popularidade junto aos argentinos que apostaram na sua proposta e parecem estar dispostos a dar mais um para que comece a entregar resultados mais robustos do ponto de vista de administração das contas públicas no sentido de permitir mais investimentos.
O que esteja assustando essas análises é o fato de não terem levado em consideração o impacto político de um ação radical do presidente em cortar despesas na inflação que depois de um ano está em queda o que, de início confere poder de compra ao peso argentino e exige menor uso dos bilhões de dólares que os argentinos literalmente possuem debaixo do colchão.
Queda da inflação
Desconsiderar o impacto de uma queda brusca da inflação na população especialmente na de baixa renda e na classe média talvez tenha sido o equívoco dos economistas em suas salas e escritórios, assim como de políticos que estouraram carreiras apoiando modelos já usados na Argentina.
E quando se observa sem preconceito os resultados de um ano é possível entender que ela começou a perder força quando o estado deixou de ir ao mercado e se financiar para manter as contas que assumira e que arrecadação como em diversos países não é capaz de bancar. Não raro não apenas para rolar a dívida como pagar as despesas do mês.
Sem privilégios
O que esses analistas não consideram é que os governos argentinos debitaram na conta da União privilégios e compromissos de financiamento das províncias mais influentes especialmente Buenos Aires que faziam o orçamento anual já mártir no vermelho.
Isso explica porque quando cortou as remessas e avisou que os repasses tinham acabado, as chamadas necessidades de financiamento deixaram de pressionar as despesas diárias embora tenham assustado centenas de analistas e políticos pela ousadia.
Capital político
Um ano depois pode-se dizer que isso só aconteceu porque Milei com tem dito que não tem medo de perder capital político e nem está atrás de conquistá-lo a partir de negociação.
Milei aprovou praticamente o que quis no parlamento argentino mostrando aos parlamentares que se não aprovasse as medidas e elas dessem certos eles estariam condenados. E claro os caciques logo perceberam que o risco era muito baixo porque quem estava bancando era o presidente.
Compra de alimentos
O equívoco de uma grande parte da oposição que existe frente ao governo, economistas e especialmente da mídia foi não levar em conta o impacto da redução da inflação na hora da compra de alimentos, especialmente quando ela estava vivendo na prática quase uma hiperinflação.
No fundo as análises se apoiam em modelos que não são suficientes no caso da Argentina para medir o impacto de uma economia que está quase dolarizada informalmente. Ou seja, não se dão conta de que quando a inflação baixa essa família usa menos dólares americanos que conseguiram guardar. Esse é um fenômeno argentino que poucos entenderam sem levar em conta essa cultura.
Dolar no colchão
Na verdade, a Argentina tem poupança, mas ela está dentro de casa sendo proteção para exatamente as loucuras que os últimos governo daquele país vem fazendo. Então quando Milei baixou a inflação como baixou, o argentino parou de visitar o colchão para comprar comida e isso elevou a popularidade do governo.
As pessoas lembram das imagens do Milei candidato, apresentando-se como anarcoliberal. Pela alcunha “El loco” que já é naturalmente preconceituosa. Pelo símbolo de campanha da motosserra para mostrar que colocaria abaixo os políticos tradicionais, a ineficácia do Estado e a inflação.
Vai no detalhe
Mas se esquecem que ele tem boa formação acadêmica, que na verdade é o ministro da Fazenda e é capaz de numa negociação chegar no detalhe mostrando conhecimento das teorias da história econômica.
Quando ele diz que “Me pediram para reduzir a inflação e acabar com a insegurança. E eu estou acabando com a inflação e estamos aniquilando a insegurança” e um ano depois começa a entregar isso dá credibilidade.
Ação disruptiva
Claro que isso é disruptivo. E muitos estudos (apoiados nos modelos clássicos) não tinham como apontar para um desastre. Mas essas análises não dosam o fato de que a Argentina tinha um déficit fiscal de 15% do PIB onde 5% estavam no próprio Tesouro e os outros 10% estavam no Banco Central.
Há um ano, a inflação no atacado estava chegando a 54% ao mês, algo em torno de 17.000% ao ano.
Ou seja. Ou ele fazia algo radical ou acabaria seu governo com uma hiperinflação. O que poucos contavam é que ele tinha coragem de fazer e ele fez. Portanto, era um questão de coragem.
Tudo a ganhar
Milei tem dito nas entrevistas que “tinha tudo a perder e nada a ganhar, mas fiz isso porque era a coisa certa a fazer”. Conversa. Na Argentina à beira do caos ele só tinha a ganhar se tivesse coragem. Deu certo ao menos até agora.
O próximo capítulo de Milei será com um organismo como o FMI. Ele já fechou o financiamento do próximo ano (2025) e agora vai negociar.
Com o FMI
Mas de sua nova posição ele pode se dar ao luxo de dizer que: “Vamos ver quais são as condições. Não estamos com pressa. Se não conseguir, estou planejando todas as condições para poder sair mesmo que não consiga o dinheiro.”
Qual presidente argentino tem esse comportamento diante de uma instituição como o FMI? Então é preciso ver 2025. Sabendo que Milei não tem medo de ousar. O que na América Latina é coisa rara.
Mais cautelares
Informação do Tribunal de Contas do Estado revela que em 2024 o número de medidas cautelares formalizadas ao governo de Pernambuco e demais órgãos públicos disparou se comparadas às de 2022 e 2021. Este ano, o TCE-PE formalizou 333 (até novembro) contra apenas 180 em 2021. Por sua vez, o número de medidas cautelares julgadas em 2024 chegou a 335 (até novembro) contra apenas 212, em 2021.
As cautelares não são advertências ou recomendações. São decisões tomadas em caráter de urgência, por apenas um conselheiro (por isso monocráticas), e concedidas quando há riscos imediatos ao interesse público. A medida cautelar pode determinar a suspensão temporária daquele ato administrativo, por exemplo, de um contrato, pagamento ou edital de licitação.
O TCE explicou que nos casos em que o número de cautelares referendadas superior ao de formalizadas (por exemplo, 2021 a 2024), se explica pelo fato de que houve processos de exercícios anteriores
Inclusão
Parceria do projeto Aria Social, Instituto MeMmaker, Um Telecom e Connectoway destinada a jovens em situação de vulnerabilidade vai oferecer capacitação em áreas de ponta, como robótica. Serão seis (06) turmas de vinte (20) alunos, totalizando 120 alunos, com duração de cinco semanas de capacitação.
Arena Feirões
Liderado pelos empresários pernambucanos Marcelo, Breno e Dody Teixeira e Marcelo Raposo o Grupo Arena Feirões, empresa especializada na gestão de Auto Shoppings como atuação em São Paulo está inaugurando sua quarta unidade na capital paulista. O Arena Motors ABC (Grand Plaza Shopping) fica na Avenida Industrial, 600 Centro em Santo André. A empresa surgiu em 2012 com e hoje suas lojas ofertam mais de 2.000 modelos novos e seminovos com diversos serviços.
GPTW Carrilho
A Construtora Carrilho celebra estreia no ranking nacional do Great Place to Work (GPTW), como a 34ª melhor empresa para se trabalhar na categoria de médias empresas nacionais (100 a 999 colaboradores). Com mais de 600 funcionários, é a única construtora no ranking, reconhecida na categoria Construction e Real Estate pela valorização de sua equipe e excelência no ambiente de trabalho.
Cimed Bucal
A Cimed estreia no segmento de produtos de higiene bucal e lança a linha Carmed Fini - gel dental e enxaguante bucal. As novidades tem sabores icônicos Fini Beijos e Dentadura. Até o momento, já foram vendidas 7 milhões de unidades para o varejo farmacêutico nacional. A empresa vai lançar os sabores cereja e melancia, também inspirados nos aromas das balas Fini.
PIB do Ceará
O Governo do Ceará estima que o Produto Interno Bruto 2024 deva fechar o ano com alta de 5,5%. Se conformado, esse índice vai superar a projeção do mercado para o País, estimada em 3,39% para o mesmo período.
Recife Expo Center
De agosto a novembro de 2025, a pauta do pavilhão do Recife Expo Center estará praticamente preenchida com eventos realizados por promotores regionais e nacionais. Até o final do ano, o equipamento receberá mais quatro eventos, finalizando com a celebração de virada de ano do Complexo Porto Novo Recife com o Réveillon Recife Marina.
IVA maior
Estudo da advogada Camila Tapias, do Utumi Advogados, estima que o texto da reforma tributária aprovado pelo Senado, levará o Brasil a instituir a maior alíquota de IVA do mundo. Atualmente, a Hungria possui a maior alíquota padrão de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do mundo, fixada em 27%. No entanto, com a recente aprovação da regulamentação da Reforma Tributária no Senado brasileiro, a alíquota do IVA no Brasil está projetada para atingir 28,1%, o que a tornaria a mais alta globalmente.
BYD do Brasil
A BYD do Brasil chegou à marca de 70 mil carros vendidos no Brasil em 2024. A BYD vendeu 12.308 mil novos modelos apenas no último mês, assumindo pela primeira vez a 9ª colocação entre as marcas que mais emplacou veículos no Brasil e consolidando a sua liderança entre os veículos 100% elétricos.
Entre os modelos o BYD King teve crescimento e já é o sedã médio plug-in mais vendido do Brasil em 2024, com 3.689 emplacamentos. Já entre os SUVs híbridos plug-in a família Song liderando todo o segmento com 24.143 unidades vendidas, sendo 17.280 BYD Song Plus DM-i e 6.863 do modelo BYD Song Pro.
Casais no Brasil
O grupo português Casais, o maior construtor de hoteis e resorts da Europa, assina o seu primeiro empreendimento no litoral nordestino. Será na praia de Peroba, em Maragogi, e terá desenvolvimento imobiliário pela empresa pernambucana B4Y, de Marco Antônio Costa, Leonardo Albuquerque e Flávio Domingues. Presente em 17 países é reconhecido pela experiência em técnicas de construção rápida e uso de materiais sustentáveis.
Trânsito lento
Com a remarcação da conclusão das obras da antiga Ponte Giratória o acesso e saída do centro do Recife estão ficando complicados. Sem ponte a Rua do Imperador virou um corredor de alto tráfego recebendo todo o fluxo inclusive de ônibus e caminhões.
Mas por uma dessas coisas que não se explica as quatro faixas da rua se transformam em duas já que é permitido estacionar em duas inclusive de veículos do TJPE. E como tudo que é ruim pode piorar a continuação na Rua Cais de Santa Rita também com quatro faixas também se resume a duas, pois a CTTU também permite estacionamento. Curiosamente sem que até agora nada tenha sido feito para melhorar o tráfego.