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Por Mirella Araújo e equipe
BIENAL DA UNE

Bienal da UNE lança Protocolo Dandara para garantir inclusão e respeito aos estudantes trans

O nome social do estudante deve ser utilizado integralmente por toda a comunidade escolar — incluindo professores, funcionários e colegas

Cadastrado por

Mirella Araújo

Publicado em 30/01/2025 às 16:26 | Atualizado em 30/01/2025 às 16:28
Presidente da UBES, Hugo Silva, acompanhado da mãe de Dandara Pedrita, Raimunda Rufina, durança lançamento do protocolo - Everton Ribeiro

O segundo dia da 14ª edição da Bienal da UNE, realizado nesta quinta-feira (30), trouxe uma programação diversificada no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, com atividades e apresentações também no Cais da Alfândega, no Recife Antigo.

Além das mostras artísticas, que abrangeram sete áreas — artes visuais, performance, fotografia, literatura, audiovisual, música e uma mostra científica — com trabalhos produzidos por estudantes de todo o Brasil, o evento teve como destaque o lançamento do Protocolo Dandara.

Criado com o objetivo de garantir o acolhimento e o respeito aos estudantes trans, o manual visa permitir que esses estudantes vivenciem sua identidade de gênero com dignidade no ambiente escolar. Alinhado às diretrizes da legislação federal e do Conselho Nacional de Educação (CNE), o protocolo busca promover um espaço educacional inclusivo, seguro e livre de discriminação.

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"Foi um momento muito emocionante homenagear Dandara Pedrita, a primeira diretora trans da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). A luta de Dandara ficou marcada no Maranhão, onde ela realizou uma grande mobilização para garantir que o estado adotasse o protocolo de mudança de nome pelo nome social em todas as escolas", afirmou Hugo Silva, presidente da UBES. Dandara, que dedicou sua vida à luta contra a transfobia, faleceu no dia 24 de novembro de 2024.

Nome Social

O respeito ao nome social é um dos pontos mais importantes do protocolo. O nome social do estudante deve ser utilizado integralmente por toda a comunidade escolar — incluindo professores, funcionários e colegas. Além disso, a alteração nos registros escolares deve ser feita de forma simples e ágil, sempre que solicitada, garantindo a privacidade e confidencialidade dos estudantes.

O protocolo também prevê o oferecimento de suporte psicológico especializado, com o intuito de promover o bem-estar emocional e mental dos alunos trans.

"Agora nós queremos rodar o país com esse protocolo. Queremos levá-lo para os grêmios estudantis e para cada sala de aula desse país. Para que todos os estudantes saibam que nós temos esse direito. Sabemos que vai ser um momento de muita resistência, porque temos enfrentado uma grande ala conservadora no Brasil", declarou o presidente da UBES. 

 

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